Flamengo se despede precocemente da Copa Libertadores 2020

A Copa Libertadores acabou para o Flamengo em 2020, visto que os atuais campeões sul-americanos caíram diante do Racing nas oitavas-de-final do torneio. E como não poderia deixar de ser, a segunda eliminação dos comandados de Rogério Ceni em um intervalo de 20 dias gerou uma grande crise no conjunto rubro-negro.

Após uma temporada épica em 2019, os torcedores flamenguistas esperavam outro ano repleto de glórias em 2020. E tudo indicava que o filme novamente se repetiria, já que o Flamengo ergueu os canecos da Supercopa do Brasil, da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Carioca no primeiro semestre. No entanto, a vaca começou a ir pro brejo assim que o treinador Jorge Jesus aceitou a proposta para transferir-se ao Benfica. Em seguida, a inesperada ida do lateral-direito Rafinha ao Olympiacos também causou enorme prejuízo ao Mengão.

Desde então, aquele grande time que encantou o Brasil através de seu envolvente futebol, deu lugar a outro totalmente apático e comum, e tudo por conta de algumas decisões erradas tomadas pela diretoria rubro-negra como por exemplo, a escolha do novo treinador, lembrando que Domènec Torrent foi o nome escolhido para suceder Jorge Jesus no comando da equipe, isto é, um técnico inexperiente e sem bagagem para lidar com um elenco cascudo como o do Flamengo. Não à toa, o ex-auxiliar de Guardiola sobreviveu pouco mais de três meses no cargo, ou 24 jogos, como queiram.

Sem possibilidades de trazer um treinador estrangeiro às vésperas das quartas-de-final da Copa do Brasil e da fase mata-mata da Copa Libertadores, os dirigentes flamenguistas apostaram todas as suas fichas em Rogério Ceni, que realizava em excelente trabalho à frente do Fortaleza. Contudo, a trajetória do técnico de 47 anos de idade não começou nada bem no Flamengo, tendo em vista que ele conquistou apenas uma vitória nos seis primeiros jogos no comando do Mengão.

Vale ressaltar ainda, que Rogério Ceni já sofreu duas duríssimas eliminações desde que foi apresentado como técnico do Flamengo há 21 dias. A primeira delas frente o São Paulo pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, após sofrer derrotas tanto no jogo de ida (2 a 1) quanto no jogo de volta (3 a 0), enquanto a segunda deu-se diante do Racing, pelas oitavas da Copa Libertadores, porém esta queda ocorreu nas penalidades devido aos empates em 1 a 1, no El Cilindro e no Maracanã.

Obviamente, a culpa do péssimo momento vivido pelo Flamengo não deve ser atribuída 100% ao treinador Rogério Ceni, embora ele também tenha uma grande parcela de culpa, haja vista as substituições de Giorgian De Arrascaeta e Everton Ribeiro no jogo de volta contra o Racing, além da insistência do técnico em manter o zagueiro Gustavo Henrique e o atacante Vitinho na equipe titular, mesmo sabendo da ineficiência da dupla. Entretanto, é nítido que o setor ofensivo rubro-negro mostra-se eficiente, a julgar pelas diversas chances de gols criadas e desperdiçadas a cada partida.

Por este motivo, o maior desafio de Rogério Ceni neste restante de temporada é ajustar o setor defensivo do Mengão. Aliás, é importante salientar que enquanto o ex-goleiro comandou o Fortaleza no Brasileirão, a equipe cearense era dona da melhor defesa do campeonato. Em contrapartida, o mesmo não está acontecendo no Flamengo, tanto é, que o time carioca foi vazado em TODOS os compromissos sob a batuta de Ceni, sofrendo o montante de nove tentos neste período, o que resulta em uma média de 1,5 gol sofrido por jogo.

Por fim, a verdade é que as seguidas eliminações na Copa do Brasil e na Copa Libertadores, afetarão – e muito – a saúde financeira do clube. Todavia, a parte boa disso tudo é que a partir de agora o Flamengo terá a possibilidade de dedicar-se única e exclusivamente ao Brasileirão, tendo tempo de sobra para descansar e treinar, algo que a diretoria tanto cobrava. Já o lado ruim, deve-se ao aumento da pressão sobre todos no clube. Logo, a única forma do Rubro-Negro espantar a crise que assola a Gávea, é faturando o bicampeonato brasileiro. Ou seja, uma tarefa pra lá de indigesta!

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