Sexta colocada nas Eliminatórias Sul-Americanas, a Colômbia viu chegar ao fim o sonho de disputar a terceira Copa do Mundo seguida. Deste modo, a realidade é projetar o Mundial de 2026.
Foram longos 16 anos de espera, para que enfim os colombianos sentissem novamente o gostinho de disputar uma Copa do Mundo. Pois é, quando José Pekerman assumiu o comando técnico da Colômbia, em janeiro de 2012, ele tinha como prioridade, conduzí-la ao Mundial do Brasil. Todavia, ele superou todas as expectativas, já que sob a sua batuta, os Cafeteros não apenas disputaram a edição de 2014 do torneio, como também a seguinte, na Rússia.
A propósito, vale ressaltar que a Colômbia teve o seu melhor desempenho em Mundiais justamente na Copa de 2014, aonde os tricolores chegaram nas quartas-de-final. Já em 2018, eles sucumbiram diante da Inglaterra, nas oitavas-de-final. Logo, embora José Pekerman não tenha conquistado nenhum título, é inegável o fato de que o treinador argentino realizou um ótimo trabalho nos seis anos em que passou à frente da seleção colombiana.
José Pekerman é o treinador com mais jogos à frente da seleção colombiana, somando 78 partidas, ou um total de 2.433 dias no cargo.
Contudo, o drama da Colômbia teve início exatamente após a saída de José Pekerman. A começar porque a Federação Colombiana de Futebol (FCF) demorou o montante de SETE meses para anunciar que o português Carlos Queiroz seria o sucessor de Pekerman na seleção, quer dizer, uma escolha tardia que tinha tudo para não dar certo.
Apesar do bom currículo de Carlos Queiroz – anteriormente, havia comandado as seleções de Portugal e Irã, além da equipe do Real Madrid -, o seu desconhecimento em relação ao futebol sul-americano, foi crucial para que a sua passagem à frente dos Cafeteros durasse míseros 18 jogos, lembrando que o técnico português caiu depois de uma derrota por 6 a 1 diante do Equador.
A Colômbia não sabia o que era ficar de fora de um Mundial desde as Eliminatórias de 2010. A Copa do Catar seria a sexta na história dos colombianos.
Pouco mais de um mês após desembolsar 6 milhões de dólares para romper o contrato do treinador Carlos Queiroz, a FCF informou que Reinaldo Rueda seria o novo comandante da Colômbia, naquela que seria a segunda passagem do técnico de 64 anos de idade pela seleção. Por sinal, logo em sua apresentação, Rueda prometeu devolver a identidade ao time que, segundo ele, havia perdido a direção e o futebol.
Todavia, o discurso de Reinaldo Rueda não se aplicou ao campo, visto que os tricolores encerraram as Eliminatórias na sexta colocação da tabela – apenas uma posição acima ´do momento da chegada de Rueda -, registrando 42,6% de aproveitamento no torneio (5V – 8E- 5D). Como ponto positivo nesta pífia campanha, ficou o triunfo sobre a Venezuela por 1 a 0 na última rodada, já que a Colômbia não vencia a arquirrival como visitante desde 1996 pela competição.
Assim, o ideal é que a FCF reflita sobre os erros cometidos nos últimos anos, e dê início a um novo projeto visando a Copa de 2026. Aliás, com a saída de Reinado Rueda já confirmada, Marcelo Bielsa, Luís Fernando Suárez e Juan Carlos Osorio, aparecem na lista dos possíveis treinadores da Cafetera. Dentro de campo, Luiz Díaz deverá assumir o protagonismo da seleção que, certamente, não contará mais com os serviços de David Ospina, James Rodríguez e Radamel Falcao García.
