Considerada o ponto forte do Chelsea desde a chegada de Thomas Tuchel, a defesa dos Blues segue em queda de rendimento, o que pode comprometer a temporada dos atuais campeões europeus.
O sonho do Chelsea em faturar o bi-europeu ficou mais distante da realidade após o revés diante do Real Madrid por 3 a 1, em pleno Stamford Bridge, pelo jogo de ida das quartas-de-final da Champions League, afinal, o conjunto londrino precisará vencer os espanhóis por no mínimo dois gols de diferença para levar a partida à prorrogação no Santiago Bernabéu, ou seja, uma missão pra lá de complicada para um time que passou a sofrer tanto defensivamente.
A propósito, a marca registrada Chelsea, de Thomas Tuchel, sempre foi a solidez defensiva, tanto é, que os Blues não foram vazados em 19 dos 30 jogos disputados na temporada passada sob o comando do treinador alemão, lembrando que eles não tiveram as redes balançadas em cinco das sete partidas realizadas pela edição anterior da Champions League, quer dizer, um ótimo desempenho que culminou com a conquista do título europeu.
Terceiro colocado na tabela da Premier League, o Chelsea também é dono da terceira melhor defesa da Premier League com 23 gols sofridos em 29 jogos (0,79 gols sofridos por partida).
Vale ressaltar, que o bom desempenho defensivo do Chelsea também se fez valer no início da atual temporada, tendo em vista que os pupilos de Thomas Tuchel não sofreram gols em doze, dos primeiros 20 jogos realizados, sendo que eles foram vazados apenas oito vezes neste período, registrando assim, uma média de 0,4 gols sofridos por jogo, e de manterem a folha limpa a cada 1,7 partida.
Entretanto, as coisas mudaram completamente nos 31 compromissos seguintes, nos quais o Chelsea foi vazado 31 vezes, assinalando a média de um tento sofrido por jogo. Ademais, é importante salientar que os Blues seguraram o zero dos adversários somente em 12 destas partidas, o que significa que eles não conseguem passar mais do que 2,6 jogos sem sofrer gols desde então.
O Chelsea sofreu o montante de SETE gols nos dois jogos disputados após a pausa internacional de março (4 a 1, para o Brentford, e 3 a 1, para o Chelsea).
Pois é, e algumas falhas defensivas foram cruciais para que o Chelsea não vencesse partidas nesta temporada, como a cometida pelo volante Jorginho no clássico contra o Manchester United (1 a 1), pela 13ª rodada da Premier League, além do erro tanto do goleiro Edouard Mendy quanto do zagueiro Antonio Rudiger, na derrota de ontem (06) para o Real Madrid, que inclusive permitiu com que Karim Benzema marcasse um hat-trick.
Ao ser questionado sobre o excessivo número de gols sofridos nos últimos jogos, Thomas Tuchel afirmou que a indefinição sobre o futuro do Chelsea está desviando a atenção dos jogadores. Todavia, as contantes ausências de atletas como N’Golo Kanté e Jorginho por questões de ordem física, além do calendário pesado afetado pela COVID-19 e pelo Mundial de Clubes, parecem ser pontos mais plausíveis para justificar a queda de rendimento do setor defensivo do time.
De qualquer maneira, a verdade é que o Chelsea conta com os mesmos jogadores que ergueram a orelhuda há quase um ano. Deste modo, cabe ao técnico Thomas Tuchel ajustar a equipe para que ela retome o caminho das vitórias e pare de sofrer gols, no momento mais crucial da temporada, isto é, já no próximo sábado contra o Southampton, pois três dias depois os Blues terão o reencontro frente o Real Madrid e, em seguida, o Crystal Palace, pelas semifinais da FA Cup.
