Gareth Southgate, a eterna incógnita inglesa

A pouco mais de cinco meses do início da Copa do Catar, Gareth Southgate ainda é considerado uma incógnita entre os ingleses, apesar dos feitos e ótimos números do comandante da Inglaterra.

Prestes a completar seis anos à frente da Inglaterra, Gareth Southgate ainda divide opiniões na Terra da Rainha. Obviamente, a unânimidade não é parâmetro para nada no mundo, todavia, era esperado ao menos que o treinador de 51 anos de idades tivesse uma melhor aprovação em relação aos torcedores, e até mesmo a mídia inglesa, afinal, ele conduziu os Three Lions às semifinais da Copa do Mundo de 2018, e ao vice-título da edição anterior da Eurocopa.

Por sinal, caso Marcus Rashford tivesse convertido a sua cobrança de pênalti contra a Itália no estádio de Wembley, Gareth Southgate seria imortalizado na história do futebol inglês. Pois é, mas isso não aconteceu, e a realidade é que com o empate em 1 a 1 contra a Alemanha, em Munique, a Inglaterra completou o seu segundo jogo sem vitórias na Liga das Nações da UEFA, o que a fez cair para a lanterna do grupo 3 da primeira divisão do torneio.

Contudo, o embate mediante a Alemanha evidenciou deficiências e qualidades da Inglaterra, de Gareth Southgate. A começar pelas imperfeições, ou seja, questões de ordem tática, visto que os ingleses foram literalmente “sufocados” pelos alemães no primeiro tempo, especialmente porque os tetracampeões mundiais subiram as suas linhas, deixando os comandados de Southgate sem respirar em campo.

Aliás, é comum vermos a Inglaterra até iniciar bem os seus jogos e cair de rendimento na segunda etapa, haja vista as derrotas nas semifinais do Mundial de 2018 e da Liga das Nações de 2019, para croatas e holandeses, respectivamente, além do revés na final da Euro2020 frente os italianos. Por esta razão, era esperado que o English Team não sofresse tanto diante dos alemães, sobretudo porque Hansi Flick esta há apenas dez meses no comando da seleção.

Logo, se subentende que mudanças táticas realizadas pelos oponentes nos intervalos das partidas culminem com a perda de potencial da Inglaterra nos segundos tempos, embora, no geral, o pragmático estilo de jogo dos ingleses realmente não convença. Entretanto, as coisas foram diferentes na Baviera depois que Gareth Southgate ajustou o time no terço final do jogo ao promover as entradas de Jack Grealish e Jarrod Bowen, tornando-o mais ofensivo e veloz.

Assim, os ingleses não apenas chegaram ao empate através de Harry Kane, como por pouco não viraram o placar nos acréscimos com o próprio atacante do Tottenham, o que significa que a situação seria melhor se Gareth Southgate tivesse maior audácia. Além disso, a disposição dos atletas também foi crucial para a Inglaterra igualar o marcador, porém o espírito coletivo sempre foi a principal virtude da seleção que já atua junta desde 2018 sob a batuta de Southgate.

Na verdade, sete dos onze atletas que iniciaram a partida contra a Alemanha jogaram as semifinais da Copa da Rússia. De lá para cá, Gareth Southgate colocou Declan Rice, Mason Mount, Jude Bellingham, Bukayo Saka e Phil Foden entre os titulares, mesclando juventude e experiência na seleção que corre em busca do bi mundial, algo difícil de imaginar considerando o futebol praticado por ela em campo, mas possível pelos resultados obtidos fora dele. A incógnita prevalece!

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