Depois de Carlos Carvalhal, agora será a vez do também torcedor assíduo do SC Braga, Artur Jorge, assumir a difícil missão de conduzir os bracarenses a conquista do título português.
A quarta força do futebol português, assim é conhecido o Sporting Clube de Braga no mundo da bola. Todavia, este rótulo vem se mostrando cada vez menos apropriado ao clube da Província do Minho, haja vista as ótimas campanhas e os títulos conquistados pelos arsenalistas neste período recente, lembrando que somente no ano passado, eles ergueram o caneco da Taça de Portugal, e foram vice-campeões tanto da Supertaça quanto da Taça da Liga.
Ainda assim, falta ao SC Braga o tão almejado título português, um feito que o clube por pouco não alcançou na temporada 2009/10, quando ficou na segunda posição da Primeira Liga. Contudo, desde o vice-campeonato até aqui, os Guerreiros do Minho só não terminaram entre os quatro primeiros colocados da competição, em duas oportunidades: em 2014, sob o comando de Jorge Paixão; e em 2017, sob a batuta de Abel Ferreira, atual técnico do Palmeiras.
E iniciando mais uma temporada em busca do título nacional, o SC Braga se reapresentou repleto de novidades. A começar pelo treinador, visto que Carlos Carvalhal deixou o comando técnico da equipe depois de passar os últimos dois anos no Minho, dando lugar ao velho conhecido Artur Jorge, que dirigiu o time de forma interina em míseras cinco partidas realizadas em julho de 2020.
Artur Jorge é um homem da casa. Desempenhou um trabalho como treinador que demonstrou a competência que tem para comandar o time do SC Braga. Ele representa os valores deste clube: vontade de ganhar, liderança e capacidade de unir”, disse o presidente Antônio Salvador.
Formado no SC Braga, Artur Jorge vestiu a camisa do clube entre 1992 e 2004. Dezoito anos depois, ele retorna para dirigí-lo fora das quatro linhas.
Pois é, e de acordo com as palavras do próprio presidente braguista, Antônio Salvador, fica evidente que Artur Jorge foi escolhido para assumir o SC Braga principalmente pelo fato de conhecer a cultura e o tradicional espírito combativo do clube que, não por um acaso, é conhecido como Guerreiros do Minho, além é claro, de ter um estilo similar ao do antecessor Carlos Carvalhal, sobretudo no que diz respeito a trabalhar com jovens atletas.
Vale ressaltar, que uma das especialidades dos bracarenses é exatamente “lapidar” jovens jogadores para, depois, negociá-los por altas cifras, a julgar pelas transferências de Francisco Trincão, Paulinho, Rafa Silva, Pizzi, Pedro Neto, além da recente venda de David Carmo ao Porto por 22 milhões de euros. Por este motivo, Simon Banza, Sikou Niakaté e Víctor Gómez, já desembarcaram em solo português para defender as cores do SC Braga na temporada 2022/23.
No entanto, é correto afirmar que a maior contratação do SC Braga até o momento foi ter assegurado a permanência de Ricardo Horta, mesmo diante do enorme interesse por parte de Benfica e Porto. Artilheiro da equipe minhota na última temporada com 23 tentos, o atacante de 25 anos de idade é a principal arma dos bracarenses para superar o trio de ferro do futebol português e, oxalá, faturar o inédito título da Primeira Liga na temporada que está por vir. Aguardemos!