Como recompensa pela perda da vaga no Mundial do Catar, a Itália avançou à Final Four da Liga das Nações da UEFA, após superar Hungria, Alemanha e Inglaterra no grupo A3 do torneio continental.
Não é novidade pra ninguém que a Itália acompanhará a próxima Copa do Mundo como telespectadora, assim como ocorreu há quatro anos. Todavia, a enorme frustração por parte dos italianos pôde ser minimamente recompensada com a qualificação da Azzurra à Final Four da Liga das Nações, lembrando que além dos tetracampeões mundiais, as seleções de Espanha, Croácia e Holanda, também estarão presentes no estágio que antecede a finalíssima da competição.
De qualquer maneira, o treinador Roberto Mancini avalia essa classificação da seleção italiana como o início de um novo ciclo, e já trabalha visando a Copa do Mundo de 2026. A propósito, é importante salientar que Mancini igualou a marca dos lendários Arrigo Sacchi e Vittorio Pozzo, ao tornar-se o técnico com o maior número de vitórias à frente da Itália no período de até 55 jogos, contabilizando o total de 34 triunfos no cargo.
Líder do grupo A3 da Liga das Nações somando 11 pontos em seis jogos, a Itália disputará a Final Four em junho do próximo ano.
Pois é, e este novo projeto de reconstrução da Itália, liderado por Roberto Mancini, se constata através da escalação dos atuais campeões europeus no confronto diante da Hungria, tendo em vista que os jovens Wilfried Gnonto e Giacomo Raspadori, de 18 e 22 anos, respectivamente, formaram a dupla de ataque italiana em Budapeste. Aliás, o atacante do Napoli foi o autor do primeiro dos dois tentos da Azzurra, na vitória por 2 a 0.
Vale ressaltar ainda, que Tommaso Pobega e Alessio Zerbin também tiveram a oportunidade de defender as cores da Itália, porém jogando a parte final do jogo frente os húngaros. Além deles, Salvatore Esposito foi outro novato que ganhou minutos em campo na partida anterior contra a Inglaterra. Ademais, podemos incluir nesse “combo”, o meio-campista do Sassuolo, Davide Frattesi, que também estreou internacionalmente nesta edição da Liga das Nações.
A solidez defensiva italiana ficou evidente na Liga das Nações. Para se ter uma ideia, a Itália sofreu apenas um gol em seis jogos disputados pelo torneio.
Por fim, as excelentes atuações do lateral-esquerdo Federico Dimarco na Liga das Nações, provalvelmente lhe renderão a titularidade na seleção tetracampeã mundial. Contudo, a verdade é que ao enfrentarem as gigantes Alemanha e Inglaterra, e encararem tanto cenários quanto situações adversas, tais como precisar vencer a Hungria com a Puskas Arena tomada por mais de 65 mil torcedores, estes jovens jogadores já vão ganhando experiência dentro da seleção italiana para a disputa da Copa de 2026.
Estamos trabalhando, infelizmente vamos sofrer até dezembro, a decepção de não se classificar para a Copa do Mundo não passa. Não merecíamos ficar de fora, mas precisamos esperar quatro anos, então vamos focar para vencer em 2026. Este é o nosso objetivo”, disse Mancini.
Obviamente, a trágica derrota para a Macedônia do Norte, que culminou com a queda da Itália na repescagem das Eliminatórias da Copa de 2022, permanece viva na memória dos italianos. Entretanto, é fundamental recordar que há exatos 14 meses, a Azzurra conquistava a sua segunda Eurocopa praticando um ótimo futebol. Logo, ainda que a disputa da Final Four não tenha o peso de uma vaga no Mundial, ela deve ser exaltada por significar o início de uma retomada.