Chegou ao fim a invencibilidade de 36 jogos da Argentina, já que os atuais campeões sul-americanos perderam em sua estreia na Copa de 2022. Todavia, eles ainda dependem apenas de si para seguir no torneio.
Nem o mais pessimista dos torcedores argentinos seria capaz de imaginar que a Albiceleste, invicta há exatos 36 compromissos, cairia diante da Arábia Saudita em sua estreia na Copa do Mundo de 2022. Pois é, mas como o futebol é o esporte do imponderável, vez ou outra ele prega algumas peças, a julgar que os saudistas derrotaram os argentinos por 2 a 1 no Lusail Stadium e, detalhe, de virada após saírem ao intervalo perdendo pelo placar mínimo.
Entretanto, a péssima partida realizada pela Argentina expôs o frágil lado psicológico da seleção bicampeã mundial, em especial porque os argentinos “desmoronaram” depois que Saleh Alshehri marcou o gol de empate da Arábia Saudita, aos 3 minutos da segunda etapa. A partir de então, só os sauditas jogaram, e por isso não tiveram dificuldades para virar o placar cinco minutos mais tarde, através do tento de Salman Al-Faraj.
Obviamente, o título da Copa América em 2021, elevou a moral e a confiança dos argentinos, sobretudo porque eles não erguiam um caneco há 28 anos. Em contrapartida, a impressão é a de que todos estes aspectos relacionados a essa mentalidade vencedora foi perdida a partir do instante em que os sauditas balançaram as redes em Doha.
Vale ressaltar, que a última vez que a Argentina estreou em uma Copa do Mundo repleta de favoritismo, em 2002, ela despediu-se do torneio na fase de grupos somando 1 vitória, 1 empate e uma derrota, lembrando que o atual treinador da Albiceleste, Lionel Scaloni, integrava o plantel liderado por Marcelo Bielsa, que disputou o Mundial naquela oportunidade.
Com a queda diante da Arábia Saudita, a Argentina não igualou o recorde de invencibilidade entre seleções, que pertence aos italianos com 37 partidas sem derrotas.
Deste modo, todo o sucesso alcançado por Lionel Scaloni à frente da seleção argentina, deu lugar a uma série de questionamentos em relação a sua capacidade de conduzí-la ao tri mundial, e também ao modelo de jogo da equipe. Não obstante, as três substituições feitas minutos após a virada da Arábia Saudita, ainda rendem duras críticas ao jovem técnico de 44 anos de idade, acima de tudo porque elas demonstraram certa dose de pânico por parte do treinador.
Hoje é um dia triste, mas temos que levantar a cabeça e seguir. Não poderíamos chegar melhores a este torneio, mas futebol é assim, e o Mundial tem outras coisas. Perdemos, agora vamos levantar e brigar nos próximos jogos”, disse o inconsolável Lionel Scaloni.
No entanto, nada está perdido aos argentinos no Catar, principalmente porque Polônia e México empataram sem gols no outro jogo do grupo. E de acordo com a média de pontuação desde que a Copa do Mundo passou a ser disputada por 32 seleções, cinco pontos são suficientes para qualquer time avançar à fase mata-mata do torneio, o que significa que a até outrora favorita, Argentina, ainda depende apenas de si para continuar no Mundial.