Desde 2012 à frente da seleção francesa, o treinador Didier Deschamps seguirá no cargo por, no mínimo, mais quatro anos, o que significa que ele terá a oportunidade de dirigir a França pela quarta vez em um Mundial.
A propósito, a continuidade de Didier Deschamps no comando técnico da França é inquestionável, em especial porque ele conduziu os Bleus a duas finais seguidas de Copa do Mundo, tendo vencido a primeira delas na Rússia. Além disso, os franceses foram campeões da edição 2020/21 da Liga das Nações da UEFA, e finalistas da Eurocopa de 2016 sob a batuta do treinador de 54 anos de idade.
Isto posto, a renovação contratual de Didier Deschamps até 2026, colocou um fim na esperança de Zinedine Zidane em assumir a seleção bicampeã mundial. Até aí tudo bem, mas o que ninguém esperava era que este assunto geraria tanta polêmica em virtude da lamentável declaração dada pelo presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel Le Graet, conforme você pode acompanhar abaixo:
Sei muito bem que Zidane sempre esteve no radar. Ele tinha muitos apoiadores, mas quem pode fazer sérias críticas a Deschamps? Ninguém. Ele (Zidane) faz o que quer, não é da minha conta. Nunca o conheci, nunca pensamos em nos separar de Deschamps. Ele pode ir para onde quiser. Se o Zidane tentasse entrar em contato comigo? Claro que não, eu nem atenderia o telefone” (Noel Le Graet).
O infeliz comentário de Noel Le Graet em relação ao ídolo francês Zinedine Zidane, o tratando como uma pessoa qualquer, repercutiu de forma bastante negativa no noticiário esportivo europeu, a ponto da ministra do esporte da França, Amelie Oudea-Castera, do Real Madrid, e até do craque Kylian Mbappé, se manifestarem através das redes sociais.
Zidane c’est la France, on manque pas de respect à la légende comme ça… ??♂️
— Kylian Mbappé (@KMbappe) January 8, 2023
De qualquer maneira, a realidade é que Zinedine Zidane precisará encontrar um destino que não a seleção francesa para dar sequência em sua carreira, lembrando que o técnico tricampeão da Champions League nas temporadas 2015-16, 2016-17 e 2017-18, está fora do mercado desde a sua saída do Real Madrid em 2021, há exatos 19 meses.
Aliás, a mídia esportiva internacional relatou que Zinedine Zidane rejeitou ofertas para assumir os selecionados de Brasil, Estados Unidos e Portugal – talvez por acreditar na saída de Didier Deschamps. Inclusive, os portugueses revelaram na manhã de ontem (09), que Roberto Martínez será o sucessor de Fernando Santos, conforme divulgado pelo próprio SoccerBlog:
https://www.soccerblog.com.br/2023/01/09/roberto-martinez-o-novo-treinador-de-portugal/
Enquanto isso, Didier Deschamps se consolida cada vez mais como um treinador de seleção, sobretudo porque ele terá completado o total de 14 anos à frente da seleção francesa no final de seu atual contrato. Ademais, o anúncio da permanência de Deschamps até a Copa do Mundo de 2026 espanta pelo menos de forma temporária o fantasma de Zinedine Zidane que tanto o assombrava.