De favorita ao título italiano a postulante a uma vaga no G-4 da Serie A. Eis o reflexo da tenebrosa segunda passagem de Massimiliano Allegri à frente da Juventus.
A hashtag “#AllegriOut”, iniciou a semana entre o trending topics do Twitter na Itália, o que retrata o péssimo momento vivido pela Juventus. Pois é, e toda a insatisfação por parte dos torcedores bianconeros em relação ao trabalho de Massimiliano Allegri é totalmente compreensível, a julgar que a Juventus ocupa apenas a 10ª colocação na tabela da Serie A somando 10 de possíveis 21 pontos, e continua zerada após as duas rodadas iniciais da Champions League.
Não à toa, de acordo com o site “Five Thirty Eight”, os pupilos de Massimiliano Allegri apresentam míseras 7% de chances de avançar às oitavas-de-final da Champions League, ou seja, eles não podem mais falhar no torneio em função dos recentes tropeços frente PSG e Benfica, ambos por 2 a 1. Contudo, a crise se instaurou pra valer pelos lados de Turim depois da queda caiu da Juve diante do recém-promovido Monza, pelo placar mínimo, no último domingo (18).
A vitória sobre a Juventus, foi a primeira do Monza na Serie A, já que o clube da Lombardia havia conquistado apenas um empate até a 7ª rodada do campeonato.
De qualquer maneira, tanto a irregularidade quanto as más atuações, tem sido a tônica da Juventus desde o retorno de Massimiliano Allegri à Turim. Ao contrário do que a diretoria imaginava, Allegri não conseguiu repetir o sucesso alcançado em sua primeira passagem pelo clube, e acabou dando sequência aos pífios trabalhos dos antecessores Maurizio Sarri e Andrea Pirlo.
Em contrapartida, a pressão sobre Massimiliano Allegri aumentou nesta temporada, especialmente por conta dos altíssimos investimentos realizados pelos bianconeros na última janela de transferências, lembrando que Bremer, Filip Kostic, Leandro Paredes, Paul Pogba, Ángel Di María e Arkadiusz Milik foram contratados neste meio de ano.
Duas vitórias, quatro empates e três derrotas, eis a campanha de 37% de aproveitamento da Juventus até aqui na temporada.
Portanto, diante deste cenário, a pergunta que fica é a seguinte: porque a Juve não vai em busca de um novo treinador para substituir Massimiliano Allegri, e recuperar o tempo perdido? A resposta é simples, devido a quantia da multa rescisória prevista no contrato de Allegri. Para se ter uma ideia, o comandante da Juventus recebe o montante de sete milhões de euros líquidos por temporada, lembrando que este vínculo contratual é válido até junho de 2025.
Deste modo, a realidade é o que valor bruto a ser pago pela Juventus até o término do contrato de Massimiliano Allegri supera a casa dos 50 milhões de euros, o que significa que o clube está literalmente amarrado com o treinador. E para piorar ainda mais a situação, os medalhões do elenco estão insatisfeitos com o trabalho de Allegri. Aliás, isso explica porque o zagueiro Leonardo Bonucci, um dos símbolos do time, ficou no banco de reservas no jogo contra o Monza.
Por fim, os torcedores mais otimistas ainda confiam que a Juventus igualará a campanha da temporada 2015/16, quando a equipe na época comandada pelo próprio Massimiliano Allegri, faturou o scudetto italiano depois de conquistar somente 8 pontos e sofrer três derrotas, nas sete primeiras rodadas da Serie A. Em contrapartida, a maior parte da torcida já estaria pra lá de satisfeita com a decepcionante quarta colocação da edição anterior do campeonato.
