Com dinheiro reduzido em caixa após prejuízos de quase meio bilhão de euros em cada um dos últimos dois anos, a Juventus continua se afundando amarrada com Massimiliano Allegri.
A segunda passagem de Massimiliano Allegri pela Juventus vem ganhando contornos cada vez mais sombrios, haja vista o duríssimo revés por 2 a 0 sofrido diante do Maccabi Haifa, que praticamente selou a queda do time italiano na fase de grupos da Champions League pois ao sofrer a sua TERCEIRA derrota em quatro jogos no torneio, os bianconeros se mantiveram no terceiro posto de sua chave com 3 pontos, isto é, cinco a menos em relação aos líderes PSG e Benfica.
Vale ressaltar, que a Juventus não é eliminada na fase de grupos da Champions League desde a edição 2013/14 da competição, ou seja, época em que a equipe ainda era comandada por Antonio Conte. De lá pra cá, a Juve sofreu o total de quatro desclassificações no estágio de oitavas-de-final, duas nas quartas-de-final, além de outras duas em finais, lembrando que ambos vice-títulos foram sob a batuta de Massimiliano Allegri em 2015 e 2017.
Ao que tudo indica, o “interminável” tabu da Juventus na Champions League se estenderá por mais uma temporada. Os italianos não erguem a orelhuda desde 1996.
No entanto, não é somente na Champions League que o desempenho da Juventus desagrada, tento em vista que a equipe de Turim também realiza uma campanha abaixo das expectativas na Serie A, a julgar pela oitava colocação dos bianconeros na tabela, aonde eles somam 13 pontos em 9 jogos (3V-4E-2D), e registram 48,1% de aproveitamento no campeonato.
Para se ter uma ideia, a distância entre a Juventus e o líder Napoli, já é de dez pontos na classificação, ao passo que outros sete pontos a separam do G-4 da Serie A, quer dizer, uma performance pra lá de ruim ao clube que mais investiu em contratações na última janela de transferências do futebol italiano, e é dono do terceiro plantel mais valioso do país na atualidade.
Apesar da grave crise financeira que assola a Juventus, o clube de Turim investiu o montante de 116,66 milhões de euros na última janela de transferências.
Deste modo, a pressão para a saída de Massimiliano Allegri é gigantesca pelos lados de Turim, mas a altíssima multa rescisória de 36 milhões de euros prevista no contrato do treinador, aliada ao fato do presidente da Juventus, Andrea Agnelli, ser contrário a ideia de trocar de treinador no meio de uma temporada, impedem a queda de Allegri. Inclusive, as permanências de Maurizio Sarri e Andrea Pirlo até o final de seus respectivos trabalhos, confirmam esta tese.
Não existem responsabilidades individuais aqui, não pode ser culpa do técnico se não ganhamos uma dividida. Não penso numa mudança no momento. Não preciso dizer: Allegri é quem vai decidir sobre uma possível saída. Eu penso que ele é o cara certo”, disse Andrea Agnelli.
Diante deste cenário, cabe a torcida confiar que a Juventus repetirá o feito da temporada 2015-16, quando os pupilos de Massimiliano Allegri adentraram o mês outubro pressionados na 12ª posição da Serie A, mas após um triunfo no Derby della Mole, embalaram uma série de 15 vitórias consecutivas que culminou com a conquista do quarto scudetto seguido do clube, e o primeiro de Allegri. E você sabe qual será o próximo adversário dos bianconeros? O Torino!