Último colocado do grupo B da Champions League 2021/22, o Atlético de Madrid vem realizando uma temporada bastante abaixo das expectativas, algo que vem tirando o sono de Diego Simeone em seu décimo ano à frente da equipe.
Quando Junior Messias marcou o gol que selou o triunfo do Milan frente o Atlético de Madrid em pleno estádio Metropolitano, aos 42 minutos da segunda etapa, o técnico Diego Simeone sentiu como se um caminhão carregado de pedras caísse sobre as suas costas, e não somente porque este revés empurrou os colchoneros para a lanterna do grupo B da Champions League, mas especialmente por conta do pífio desempenho de seu time na atual temporada.
Pois é, e embora a temporada esteja se aproximando de sua metade, a verdade é que os pupilos de Diego Simeone continuam deixando bastante à desejar dentro de campo. Por sinal, as expectativas dos torcedores rojiblancos eram enormes em relação ao sucesso do Atleti, sobretudo porque a equipe campeã da edição anterior da LaLiga se fortaleceu ainda mais neste meio de ano, haja vista as contratações de Rodrigo De Paul, Matheus Cunha e Antoine Griezmann.
Com o elenco avaliado em € 745,9 milhões, o Atlético de Madrid é dono do segundo plantel mais valioso do futebol espanhol na atualidade, somente atrás do Real Madrid.
Apesar do Atlético de Madrid estar situado em um complicado grupo na Champions League, ao lado de Liverpool, Porto e Milan, era esperada uma campanha melhor por parte dos colchoneros, lembrando que eles colecionam apenas uma vitória em cinco jogos disputados pela competição, registrando um empate e três derrotas nos demais compromissos.
Aliás, o único triunfo do Atlético de Madrid no torneio contiinental deu-se no duelo contra o Milan, no estádio San Siro. Na ocasião, Luis Suárez marcou o gol da vitória por 2 a 1 nos acréscimos do segundo tempo, sendo que os espanhóis jogaram a maior parte da partida com um atleta a mais em campo devido a expulsão de Franck Kessié ainda na etapa inicial.
Apesar da má campanha na Champions League, o Atlético de Madrid segue vivo na luta por uma vaga na fase mata-mata do torneio.
De qualquer forma, uma série de fatores corroboram para a má fase do Atlético de Madrid. A começar, a falta de estabilidade e confiança tanto dos jogadores quanto da comissão técnica. Não à toa, os atuais campeões espanhóis estão enfrentando enormes dificuldades para garantir as suas vitórias, como no jogo diante do Valência, no qual eles chegaram a abrir 3 a 0 no placar, mas ainda assim permitiram com que o oponente empatasse a partida em 3 a 3.
Além disso, a mudança no estilo de jogo da equipe também colaborou para a queda de rendimento dos colchoneros. Antes considerado um dos times com uma das melhores defesas do futebol europeu, o Atlético de Madrid começou a sofrer muito mais gols depois que passou a atuar de maneira mais ofensiva. A propósito, somente nesta temporada a meta de Jan Oblak foi vazada o montante de 20 vezes em 18 partidas.
Por fim, cartões vermelhos e lesões também seguem assolando o Atlético de Madrid, a julgar pelas expulsões de Antoine Griezmann e Felipe, nos jogos contra o Liverpool, além das recentes contusões de Marcos Llorente, Thomas Lemar, Koke e João Félix. Portanto, são todos problemas que Diego Simeone precisará resolver rapidamente para que a sua décima temporada no clube madrilenho não termine sem nenhum título conquistado.
