O sonho de Cristiano Ronaldo em disputar a Champions League chegou ao fim nesta temporada por uma única e exclusiva razão: nenhum gigante do futebol europeu se interessou pelo camisa 7.
Há um ano, Cristiano Ronaldo desembarcava na Terra da Rainha trazendo consigo a esperança de recolocar o Manchester United no caminho das vitórias. Pois é, e depois dele marcar cinco gols em suas cinco primeiras partidas pela equipe, muitos imaginavam que a segunda passagem do craque português pelo Old Trafford seria um sucesso, assim como ocorreu entre 2003 e 2009, quando o camisa 7 ergueu três taças da Premier League e uma da Champions League.
No entanto, tudo não passou de uma mera ilusão. Embora individualmente Cristiano Ronaldo tenha alcançado bons números na temporada passada ao balançar as redes o total de 24 vezes por exemplo, sendo 18 delas pela Premier League, a sua presença no elenco do Manchester United acabou se tornando um peso tanto para Ole Gunnar Solskjaer quanto para Ralf Rangnick, isto é, os treinadores que o comandaram no período.
Cristiano Ronaldo marcou 24 gols e deu três assistências em sua segunda passagem pelo Manchester United, lembrando que o atacante português segue zerado nesta temporada.
E a explicação para este “peso” é falta de combatividade do Manchester United com Cristiano Ronaldo em campo, visto que o jogador cinco vezes vencedor do prêmio Bola de Ouro da FIFA não colabora na fase defensiva do time. Aliás, é por esta razão que o atual técnico dos Red Devils, Eric ten Hag, não o escalou entre os titulares nos três últimos jogos contra Liverpool, Southampton e Leicester.
De qualquer maneira, a sexta colocação do Manchester United na edição anterior da Premier League, não garantiu ao clube o direito de participar da Champions League nesta temporada, o que obviamente não estava nos planos do maior artilheiro de todos os tempos do torneio continental. Diante deste cenário, Cristiano Ronaldo colocou-se disponível no mercado, com o aval dos Red Devils.
Cristiano Ronaldo disputou todas as edições da Champions League desde a temporada 2003/04. Ele soma cinco títulos do torneio na carreira: quatro com o Real Madrid (2014, 2016, 2017 e 2018); e uma com o Manchester United (2008 ).
Aos mais próximos, Cristiano Ronaldo afirmou que se dependesse dele só disputaria clássicos, decisões, além de grandes jogos da Champions League nesta reta final de carreira, algo que por enquanto não será possível pois a realidade é que CR7 terá as equipes de Sheriff Tiraspol e Omonia Nicosia, como oponentes na menos prestigiada Europa League. Contudo, resta saber se o português os enfrentará ou estará entre os reservas do Manchester United.
Deste modo, a dúvida que fica diz respeito ao aspecto motivacional, afinal, o que estimularia o jogador mais bem pago da história da Premier League a permanecer no Manchester United? E vale ressaltar que o agente de Cristiano Ronaldo, Jorge Mendes, trabalhou intensamente para encontrar um novo destino ao seu principal cliente nesta janela de transferências, a julgar pelas tentativas de negociá-lo junto a Chelsea, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, entre outros.
Mas por incrível que pareça, o único clube que manifestou real interesse na contratação de Cristiano Ronaldo foi o saudita Al-Hilal, quer dizer, uma possibilidade totalmente fora de cogitação para alguém que vislumbrava jogar em um clube capaz de brigar pelo título da Champions League. Assim, sem opções no mercado, não restaram alternativas ao astro português senão permanecer no Manchester United pelo menos até o final da temporada.