Os altos investimentos realizados pelo Borussia Dortmund nos últimos anos não vem dando o retorno esperado dentro de campo, visto que desde a saída do técnico Jurgen Klopp, os auri-negros não ergueram mais nenhum caneco da Bundesliga.
Embora o Borussia Dortmund seja um dos maiores clubes do futebol alemão, o clube viveu um grande perrengue no início do século, ao passar por uma gravíssima crise financeira. Sem dinheiro no caixa, restou à diretoria apostar na contratação do novato e barato treinador do Mainz 05, Jurgen Klopp, que já fazia um enorme barulho na Alemanha em virtude do estilo de jogo praticado pelo seu time, um modelo totalmente inovador que priorizava a marcação pressão pela retomada da bola no campo do adversário, além de sua equipe atuar sempre com as linhas bem adiantadas. A partir de então, com Klopp no comando, os auri-negros enfim retomaram o caminho das vitórias.
Naquela época, a única alternativa encontrada por Jurgen Klopp para montar uma equipe competitiva, era trazer jogadores com valores acessíveis. Assim, tanto o treinador como a diretoria do clube, começaram a vasculhar mercados alternativos, como o polonês, de onde vieram Lucas Piszczek, Jakub Błaszczykowski e Robert Lewandowski. E foi exatamente seguindo essa filosofia, que o Borussia Dortmund ressurgiu das cinzas conquistando uma série de títulos, dentre eles, o bicampeonato alemão nas temporadas 2010/11 e 2011/12, além ter ficado com o vice-título da Champions League em 2013.
Acompanhando de perto o meteórico crescimento dos auri-negros, o Bayern Munique decidiu adotar uma nova conduta na compra de atletas: se reforçar com jogadores do oponente. Deste modo, ao mesmo tempo que os bávaros fortaleceriam a sua equipe, eles enfraqueceriam a do rival, tirando-lhes as suas principais peças. Isso explica porque Mario Gotze, Robert Lewandowski e Mats Hummels partiram rumo à Baviera. Acontece, que os feitos alcançados pelo Borussia Dortmund no início da década, culminaram com a recuperação financeira do clube, que posteriormente, passou a investir pesado na contratação de jovens promessas do mundo da bola.
Logo, os sucessores de Jurgen Klopp no Borussia Dortmund tiveram a oportunidade de assumir o comando da equipe com o clube atravessando um momento melhor financeiramente, tanto é, que no último ano em que o treinador do Liverpool esteve à frente da equipe da Renânia do Norte
- temporada 2016/17 – 121,10 milhões de euros
- temporada 2017/18 – 109,84 milhões de euros
- temporada 2018/19 – 90,5 milhões de euros
- temporada atual (2019/20) – 147,50 milhões de euros (a janela fecha no fim de janeiro)
Somente nesta janela de transferências (janeiro), a menos movimentada do futebol europeu, os auri-negros já despejaram a bagatela de 21 milhões de euros (R$ 95 milhões) para contratar Erling Haaland junto ao Red Bull Salzburg. Com contrato válido até 2024, o atacante de 19 anos de idade é apontado como uma das maiores promessas do futebol mundial. Não à toa, a joia norueguesa marcou o total de 28 gols em 22 jogos apenas na atual temporada, sendo oito deles pela Champions League. A propósito, Haaland estreou no torneio continental batendo o recorde de ser o jogador mais jovem a fazer um hat-trick na competição, após balançar as redes três vezes na partida de seu ex-clube contra o Genk.
Obviamente, nem sempre os investimentos realizados pelo Borussia Dortmund dão o retorno esperado, uma prova disso é Ciro Immobile, contratado a peso de ouro na temporada 2014/15 por 18,5 milhões de euros, mas vendido no ano seguinte ao Sevilla por 11 milhões de euros. Além do atacante italiano, André Schurrle e Sebastian Rode também podem entrar nessa lista de prejuízos. Mas no geral, as aquisições feitas pelos auri-negros costumam render uma bela grana ao clube alemão, basta recordarmos das transações envolvendo os jogadores Pierre-Emerick Aubameyang, Ousmane Dembélé, Henrikh Mkhitaryan, Ilkay Gundogan, Christian Pulisic e Sokratis Papastathopoulos.
Contudo, se no lado financeiro o lucro está sendo grande, na esfera esportiva os resultados ainda não vieram, já que o Borussia Dortmund não vence a Bundesliga desde 2012. Aliás, de lá para cá, os auri-negros viram o Bayern Munique dar a volta olímpica oito vezes seguida pela competição, enquanto eles faturaram apenas uma Copa da Alemanha (2016/17) e três taças da Supercopa da Alemanha (2013, 2014 e 2019). Donos do segundo elenco mais caro do futebol alemão, os comandados de Lucien Favre ocupam a 4ª posição na tabela da Bundesliga com 30 pontos, a sete do líder RB Leipzig, portanto será difícil este longo tabu ser quebrado na atual temporada. Com isso, mais uma vez fica comprovado que investir muito não é sinônimo de ganhar títulos.
2 Comentários
time grande na alemanha soh existe o bayer
Freguesão do Bayern