De volta à Bombonera

Os torcedores xeneizes estão sedentos pelo início da temporada de 2020, afinal, a série de mudanças pelas quais passou a direção do Boca Juniors, prometem levar o time seis vezes campeão da Copa Libertadores novamente ao caminho dos títulos.

Sem erguer nenhum caneco no ano passado, o Boca Juniors viveu uma temporada tenebrosa em 2019, sobretudo porque o conjunto azul e ouro foi mais uma vez eliminado da Copa Libertadores pelo seu maior rival, River Plate, porém nesta ocasião, na fase semifinal do torneio. Aliás, foi exatamente este revés que determinou a saída do treinador Gustavo Alfaro, da Bombonera. Nem mesmo a boa campanha da equipe na Superliga da Argentina foi capaz de livrar a cabeça de Alfaro da degola, lembrando que os xeneizes ocupam a vice-posição na tabela do campeonato com 29 pontos, um a menos que o surpreendente líder, Argentinos Juniors.

Após sondar alguns medalhões, dentre eles Luiz Felipe Scolari, o nome escolhido pela diretoria do Boca Juniors para assumir o comando da equipe na temporada que está por vir, foi o de um velho conhecido da torcida. Trata-se de Miguel Ángel Russo, experiente técnico de 63 anos de idade, campeão da Copa Libertadores em 2007 à frente do Boca. Vale ressaltar ainda, que o sucessor de Gustavo Alfaro acumula passagens por outros grandes clubes do futebol argentino como são os casos de Racing, Estudiantes, Rosario Central, San Lorenzo e Vélez Sarsfield. Fora do cenário nacional, o novo treinador boquense já trabalhou no México, Colômbia, Peru, Paraguai e até na Espanha, aonde dirigiu o Salamanca há mais de duas décadas.

O Cerro Porteño foi o último time comandado por Miguel Ángel Russo. Apesar de não ter erguido nenhum caneco pela equipe, ele a levou às quartas de final da Copa Libertadores em 2019.
O Cerro Porteño foi o último time comandado por Miguel Ángel Russo. Apesar de não ter erguido nenhum caneco pela equipe, ele levou os paraguaios às quartas de final da Copa Libertadores 2019.

No entanto, a mudança mais radical realizada pelo Boca Juniors deu-se na diretoria, visto que Juan Román Riquelme, ídolo dos xeneizes, foi nomeado vice-presidente do clube, depois que a chapa composta por ele e Jorge Ameal, o novo presidente do Boca, venceu as eleições presidenciais no final do ano passado. Segundo a mídia argentina, mais de 38 mil eleitores participaram da votação, sendo que na última partida do Boca Juniors como mandante em 2019, contra o Argentinos Juniors, milhares de torcedores foram à Bombonera usando máscaras estampando o rosto de Riquelme.

Por essas e outras, a vitória de Jorge Ameal e Juan Román Riquelme nas urnas acabou não chamando a atenção, já que o eterno camisa 10 é extremamente amado pela torcida do Boca, até mais do que os célebres Diego Maradona, Carlos Bianchi, Jorge Bermúdez, Martín Palermo, Guillermo Barros Schelotto e Carlos Tévez. Por esta razão, a temporada de 2020 é tão aguardada pelos xeneizes, que vêem no astro três vezes campeão da Copa Libertadores defendendo as cores do Boca, a saída para que o clube mais glorioso do futebol argentino volte a ser o que sempre foi, ou seja, um time vencedor.

Campeão da Libertadores em 2000, 2001 e 2007 pelo Boca Juniors, Juan Román Riquelme é considerado um verdadeiro Deus pelos torcedores xeneizes.
Campeão da Libertadores em 2000, 2001 e 2007 pelo Boca Juniors, Juan Román Riquelme é considerado um verdadeiro Deus pelos torcedores xeneizes.

Todavia, nem tudo é festa pelos lados da Bombonera, uma vez que poucos dias após Jorge Ameal e Juan Román Riquelme assumirem a direção do Boca Juniors, o volante Daniele De Rossi, anunciou a sua aposentadoria dos gramados. Desta maneira, o atleta de 36 anos vestiu a camisa da equipe azul e ouro em apenas sete oportunidades, das quais marcou um único gol, em uma passagem marcada pelo excessivo número de lesões sofridas. Apesar de alguns veículos argentinos entenderem que existia uma pequena rusga entre ele e Riquelme, o ex-jogador da Roma afirmou que a saudades da família foi o que de fato, motivou-o a pendurar as chuteiras.

Como não poderia deixar de ser, o grande objetivo do Boca Juniors em 2020 é erguer o caneco da Copa Libertadores, uma façanha que o time argentino não alcança há exatos treze anos. Mas para que este longo tabu seja quebrado, os xeneizes precisarão se reforçar, especialmente o setor ofensivo da equipe, que desde a saída de Darío Benedetto ao Olympique Marseille, vem deixando bastante a desejar. Sabendo disso, a nova diretoria do clube segue se movimentando no mercado, e inclusive chegou a iniciar conversas para contratar o atacante Paolo Guerrero. Entretanto, o ídolo da seleção peruana manifestou publicamente que a sua intenção é continuar no Internacional.

Contudo, a negativa por parte de Paolo Guerrero não incomodou em nada o treinador Miguel Ángel Russo, que por sua vez, entende que o ataque está bem servido com Ramón Ábila, Mauro Zárate e o veterano Carlos Tévez. Deste modo, a diretoria depositará todas as suas fichas na contratação de Guillermo Pol Fernández, atleta criado nas categorias de base do Boca, e que atualmente está no Cruz Azul. Nesta temporada, o meia de 28 anos jogou 12 partidas pela equipe mexicana, porém apenas quatro delas como titular, e não marcou nenhum gol. Logo, é esperado que os xeneizes não encontrem dificuldades para contratá-lo. Ainda assim, mesmo que nenhum novo reforço desembarque na capital argentina para defender o Boca Juniors em 2020, os xeneizes estarão eufóricos pois o lendário Juan Román Riquelme já está na Bombonera,

 

 

 

 

2 Comentários

  1. Rafael Pedroso Responder

    O Riquelme tem mais Libertadores que o Corinthians e o Palmeiras juntos ?????

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