Após longos 23 anos sem disputar torneios internacionais, a Escócia está de volta ao certame do futebol europeu, visto que a seleção escocesa garantiu a tão sonhada vaga na Eurocopa 2020. Mas agora a pergunta que fica é a seguinte: o que podemos esperar do Exército Tartan na competição?
Como é bom saber que a seleção escocesa estará novamente presente em um grande torneio, afinal, estamos nos referindo a uma tradicional seleção do futebol mundial. Para se ter uma ideia, a Escócia não disputava uma competição expressiva desde 1998, quando o selecionado na época comandado por Craig Brow participou da Copa do Mundo da França. Na ocasião, o Exército Tartan caiu ainda na fase de grupos após sofrer derrotas frente Brasil (2 x 1) e Marrocos (3 x 0), e empatar diante da Noruega por 1 a 1.
No entanto, este longo tempo de espera chegou ao fim, já que a Escócia carimbou a sua vaga na Eurocopa de 2020 – que será realizada em 2021 em função da pandemia do novo coronavírus -, após um triunfo épico sobre a Sérvia, em Belgrado. Os pupilos de Steve Clarke abriram o placar aos 7 minutos do segundo tempo através de Ryan Christie, porém os anfitriões empataram a partida aos 45 minutos da etapa final com Luka Jovic, levando a decisão para as penalidades. E foi exatamente nos pênaltis que os escoceses despacharam os sérvios ao vencerem o duelo por 5 a 4.
O gol de Ally McCoist contra a Suíça em 1996, foi último marcado pela Escócia em Eurocopas.
Com a classificação à Eurocopa 2020 assegurada, o treinador Steve Clarke já deu início ao planejamento visando o sucesso dos escoceses no torneio, sobretudo porque o principal objetivo do Exército Tartan é avançar à fase mata-mata da competição. Em contrapartida, esta não será uma tarefa nada fácil, tendo em vista que os oponentes da Escócia no grupo D serão as seleções da República Tcheca, Croácia, além da eterna rival Inglaterra.
A estreia dos escoceses na Euro 2020 será no dia 14 de junho frente à República Tcheca no Hampden Park, isto é, mediante a adversária direta da seleção britânica na briga pela terceira colocação do grupo. Situados na 45ª posição do ranking da FIFA, os tchecos venceram cinco das oito partidas disputadas pelas Eliminatórias, porém perderam da Escócia nos últimos dois encontros entre eles válidos pela Liga das Nações por 2 a 1, e 1 a 0, respectivamente.
Boa fase: a Escócia está invicta há nove jogos pela primeira vez desde 1976. Os escoceses não perdem desde o revés diante da Rússia por 4 a 0, no dia 10 de outubro de 2019.
Entretanto, o principal jogo da Escócia na Eurocopa 2020 será contra a Inglaterra, até porque trata-se de um clássico histórico que reúne as duas seleções mais antigas do mundo. Além disso, a rivalidade existente entre os vizinhos britânicos transcende a esfera esportiva, por este motivo, não restam dúvidas de que ingleses e escoceses travarão uma verdadeira batalha no gramado do estádio de Wembley, no dia 18 de junho. Ainda assim, o time de Gareth Southgate é a maior força do grupo, haja vista as sete vitórias e os 37 gols marcados nos oito jogos das Eliminatórias.
Por fim, a Croácia será a última adversária da Escócia na fase de grupos da Euro 2020, no dia 22 de junho. Ou seja, outra complicada partida para o Exército Tartan. Contudo, é importante salientar que os atuais vice-campeões mundiais não atravessam um bom momento, tanto é, que eles perderam três dos últimos quatro jogos pela Liga das Nações, ganhando somente da Suíça por 2 a 1 neste período. Portanto, não seria nenhuma surpresa vermos os escoceses surpreenderem o esquadrão de Zlatko Dalic no Hampden Park.
Ademais, deve-se considerar a enorme qualidade técnica da seleção da Escócia, composta por nove atletas que defendem clubes da Premier League, dentre os principais, podemos destacar o lateral-esquerdo Andrew Robertson, do Liverpool, o meio-campista John McGinn, do Aston Villa, além dos atacantes Ryan Fraser e Oliver McBurnie, de Newcastle e Sheffield United. Logo, sob a batuta de Steve Clarke, esta ótima geração tem tudo para resgatar o prestígio do futebol escocês que há anos encontra-se no ostracismo, e a Eurocopa é uma prova disso. A ver!
