Após cair nas oitavas-de-final das últimas sete edições da Copa do Mundo, o México ficará extremamente satisfeito caso este feito se repita no Mundial de 2022, tamanha a má fase da El Tri sob a batuta de Tata Martino.
Poucas horas depois do triunfo por 2 a 0 dos Estados Unidos diante do México pelas Eliminatórias da Copa de 2022, a hashtag #fueraTata já aparecia nos trending topics do Twitter no país asteca. Pois é, e a revolta por parte dos mexicanos era compreensível, e não somente porque este foi o terceiro revés consecutivo da El Tri frente os ianques, mas especialmente em virtude da enorme apatia dos comandados de Tata Martino no clássico da Concacaf.
Ainda assim, o México tinha a oportunidade se recuperar-se no duelo seguinte frente o Canadá, o que certamente amenizaria a revolta dos torcedores. No entanto, aconteceu o oposto, tendo em vista que a El Tri voltou a sofrer outra derrota, desta vez por 2 a 1. Deste modo, os mexicanos não somaram nenhum único ponto nos confrontos diretos contra os seus principais concorrentes na briga pelas vagas à Copa do Catar.
Atualmente, o México ocupa a 14ª colocação no ranking de seleções da FIFA, permanecendo duas posições abaixo dos Estados Unidos (12º).
Vale ressaltar, que com os tropeços mediante Estados Unidos e Canadá, a seleção do México caiu para a terceira colocação das Eliminatórias da Concacaf ao lado do Panamá, ambos com 14 pontos (4V – 2 E – 2D), lembrando que os norte-americanos lideram a classificação contabilizando 16 pontos, ao passo que os canadenses ocupam o segundo posto com 15.
Mas como se o pífio desempenho do México em campo não bastasse, algumas declarações dadas pelo treinador argentino pioram ainda mais a sua situação junto à torcida. Na entrevista coletiva concedida pelo treinador argentino depois do embate contra os Estados Unidos por exemplo, ele chegou a minimizar a rivalidade do clássico, algo que enfureceu os mexicanos.
O México enfrentará Jamaica (f), Costa Rica (c), Panamá (c), Estados Unidos (c), Honduras (f) e El Salvador (c), nas últimas seis partidas das Eliminatórias da Concacaf.
Ademais, a insistência de Tata Martino em escalar os “europeus” Héctor Herrera, Jesús Corona e Rául Jiménez, é outro detalhe que não se sustenta. Para se ter uma ideia, o volante do Atlético de Madrid esteve somente 236 minutos em campo na atual edição da LaLiga, enquanto o lateral do Porto disputou apenas duas partidas como titular até aqui na temporada. Por fim, o atacante dos Wolves segue recuperando a forma após sua grave contusão no crânio.
Além disso, é importante salientar que recentemente o México conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, o que significa que Tata Martino poderia dar mais atenção a alguns atletas que compõe a promissora seleção sub-23, inclusive para iniciar um processo de renovação na El Tri. Entretanto, talvez o receio de não classificar-se à próxima Copa do Mundo esteja influenciando o treinador nas decisões de utilizar jogadores mais experientes nas Eliminatórias.
Em última análise, apesar desta gigantesca pressão, o presidente da Federação Mexicana de Futebol, Yon De Luisa, assegurou a continuidade de Tata Martino, sobretudo por conta da boa relação dos jogadores junto ao treinador, e pelo fato de estarmos a pouco mais de um ano do início da Copa. Contudo, diante de todo este cenário, fica claro que caso a El Tri carimbe o passaporte rumo ao Catar, ela não conseguirá colocar fim na maldição do quinto partido que tanto a incomoda.
