Otimismo, o primeiro fruto gerado pelo trabalho de Xavi no Barça

Devido ao empate sem gols diante do Benfica, o Barcelona precisará vencer ninguém menos do que o Bayern, na Alemanha, para garantir a sua vaga nas oitavas-de-final da Champions League, algo que supreendentemente não preocupa os torcedores blaugranas.

Quem seria capaz de imaginar que o Barcelona deixaria o gramado do Camp Nou sob aplausos após um empate em 0 a 0 com o Benfica pela Champions League e, detalhe, com os catalães necessitando dos três pontos para confirmar a sua classificação às oitavas de final do torneio continental. Pois é, e isso já é fruto do “efeito Xavi Hernández” no clube catalão, afinal, com a chegada do novo treinador as esperanças dos torcedores se renovaram por completo.

Aliás, de acordo com o futebol praticado pelo Barcelona nos primeiros 180 minutos sob a batuta de Xavi Hernández, já pudemos notar algumas mudanças em relação ao time antes comandado por Ronald Koeman, tendo em vista que tanto na partida contra o Espanyol quanto no embate frente o Benfica, o Barça apresentou outra ideia e estrutura de jogo, atuando com mais intensidade, maior pressão frente os adversários, e assumindo mais riscos em campo.

Por sinal, uma das grandes surpresas do Barça neste início de trabalho de Xavi Hernández foram as oportunidades dadas pelo treinador aos novatos Ilias Akhomach, Gavi, Nico González, Ez Abde e Yusuf Demir na equipe, o que é uma tradição no clube, haja vista o surgimento de Luis Milla sob a direção de Johan Cruyff, em 1988, além das estreias de Sergio Busquets e Pedro, em 2008, com Pep Guardiola à frente do time.  

No entanto, as similaridades do trabalho de Xavi Hernández em comparação aos realizados por Johan Cruyff e Pep Guardiola no Barcelona, não param por aí, já que a filosofia de jogo da equipe também é semelhante à de ambos, tanto é, que o jovem treinador de 41 anos de idade armou o time no 4-3-3, atuando de forma intensa, jogando com praticamente todos os jogadores posicionados no campo do oponente e, é claro, priorizando a posse de bola.

Ainda assim, é importante salientar que o Barcelona, de Xavi Hernández, balançou as redes adversárias somente uma vez até o momento. E por mais que as ausências de Sergio Aguero, Ansu Fati, Pedri e Martin Braithwaite interfiram no rendimento do setor ofensivo do time, é inegável que o novo treinador do Barça terá muito trabalho para fazê-lo render da maneira que os torcedores esperam, mesmo quando todos os lesionados estiverem à disposição.

Ademais, embora os pupilos de Xavi Hernández não tenham sofrido nenhum gol até aqui, eles permitiram com que Espanyol e Benfica concedessem juntos, o montante de dezenove arremates na meta de Marc Ten Stegen, o que significa que a equipe precisa evoluir – e muito – quando está sem a bola, para ter chances de brigar por uma vaga no G-4 da LaLiga, lembrando que a distância do Barcelona ao quarto colocado, Atlético de Madrid, é de seis pontos na atualidade.

Contudo, o aspecto mais significativo ao Barcelona nestes dezoito dias sob o comando de Xavi, é que as expectativas do clube se renovaram. Todo o sofrimento causado pela saída de Lionel Messi, e também pelas derrotas do Barça mediante Bayern de Munique por 3 a 0 na estreia do time pela Champions League, e por 2 a 1 no El Clásico, ambas em casa, já caíram no esquecimento dos catalães, ainda que a situação continue crítica pelos lados do Camp Nou.

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