O fim da trajetória de Lionel Messi no Paris Saint-Germain se aproxima na mesma proporção que a temporada avança rumo ao seu término, o que significa que a turbulenta relação entre clube e jogador é meramente contratual no momento.
Por sinal, é possível comparar este desfecho da relação envolvendo Lionel Messi e PSG, ao de um casal que não demonstra o mínimo interesse em dar seguimento no namoro, a julgar que o clube francês até ofereceu uma proposta para a renovação contratual do craque argentino – cujo vínculo é válido até junho deste ano – por mais uma temporada, porém a proposta obtinha uma redução de 25% no salário do camisa 30.
Logo, se as chances de Lionel Messi seguir no PSG na próxima temporada já eram praticamente nulas antes da derrota por 1 a 0 frente o Lyon no último domingo (2), o que dirá depois das vaias proferidas pelos torcedores parisienses quando o nome de Messi apareceu no placar do Parque dos Príncipes.
E no meio dessa história, ainda existe um Barcelona sedento pelo retorno de seu eterno ídolo, o que ficou explícito através da declaração do vice-presidente do clube, Rafael Yuste, conforme você pode conferir abaixo:
“Ainda estou arrasado por ele (Messi) não ter podido continuar aqui. Claro que gostaria que ele voltasse, pelo que representa a nível desportivo, social e econômico. Estamos em contato com o agente dele, sim. Belas histórias devem ter finais felizes e há um amor mútuo entre as duas partes.”
Rafael Yuste, vice-presidente do Barcelona
Mas apesar do enorme desejo do Barcelona em recontratar Lionel Messi, é importante salientar que a situação financeira dos catalães impede com que o clube lhe ofereça um salário de alto padrão, e essa condição não mudará nem mesmo se o Barça erguer o caneco da LaLiga nesta temporada, o que realmente é questão de tempo.
Portanto, para regressar à sua “casa”, Lionel Messi precisaria abrir mão de muito mais do que os 25% de redução salarial proposta pelo Paris Saint-Germain. Logo, trata-se de uma decisão bastante pessoal, que diz respeito ao valor que o capitão da seleção argentina dá ao dinheiro, lembrando que o jogador de 35 anos de idade está em vias de assinar o seu último contrato na carreira.
Além do Barcelona, o Inter Miami, clube gerido pelo ex-jogador David Beckham, seria outra opção para Lionel Messi após o final da temporada 2022/23 do futebol europeu, quer dizer, uma transferência totalmente viável em virtude do desejo de Messi e da esposa, Antonela Roccuzzo, em viver na Florida.
Por fim, a terceira alternativa seria o Al-Ittihad, atual líder da liga saudita, na qual atua o português Cristiano Ronaldo, o grande rival de Lionel Messi na época em que ambos defendiam as cores de Real Madrid e Barcelona.
Lionel Messi soma 29 gols, 32 assistências e dois títulos, em 67 jogos pelo Paris Saint-Germain.
Deste modo, a única certeza sobre o futuro de Lionel Messi, é que ele não ficará no Paris Saint-Germain. Embora, o clube não confirme isso de forma pública, internamente a diretoria parisiense entende que o ex-jogador do Barcelona não entregará mais o que se espera em campo devido a sua idade, o que se subentende que a oferta oferecida para a continuidade de Messi foi somente um gesto formal.
Pois é, mas a formalidade do PSG foi absolutamente desnecessária, já que Lionel Messi não ficou nada satisfeito com as injustas vaias recebidas no Parque dos Príncipes, afinal, trata-se do líder de participação em gols da equipe na temporada com 13 gols marcados e 13 assistências, estando à frente inclusive de Neymar (24) e Kylian Mbappé (22).
Não é surpresa pra ninguém que o sucesso do PSG a cada temporada depende única e exclusivamente de vencer ou não a Champions League, e a precoce queda diante do Bayern de Munique nas oitavas-de-final da atual edição do torneio, revoltou a torcida. Assim, como é de praxe, sobrou para alguma estrela do elenco, e desta vez o bode expiatório acabou sendo Lionel Messi.
Contudo, com o modo “piloto automático” já acionado nessa reta final de temporada, nada mudará os rumos do líder isolado da Ligue 1 com seis pontos de distância em comparação ao vice-colocado Olympique de Marselha, a exatos nove jogos do término da nada empolgante passagem de Lionel Messi pelo Parque dos Príncipes.
