A saída de Graham Potter retrata que o fluxo segue normal no Chelsea

Graham Potter é a mais nova vítima da máquina de triturar treinadores, Chelsea, visto que o ex-técnico do Brighton não resistiu ao revés sofrido pelos Blues frente o Aston Villa por 2 a 0 em pleno Stamford Bridge, e despediu-se do clube do oeste de Londres após míseros 7 meses no cargo.

E o que isso significa? Inicialmente, que os Blues terão TRÊS treinadores diferentes em uma única temporada pela primeira vez na história. Ademais, pelo menos por ora, a saída de Graham Potter retrata que a política de demitir técnicos segue imperando no Chelsea, apesar da mudança de donos do clube chefiado desde junho do ano passado pelo bilionário Todd Boehly.

Vale ressaltar que no momento em que o mandatário norte-americano adquiriu o Chelsea, Thomas Tuchel ainda era o treinador da equipe. Mas devido ao início de temporada irregular dos londrinos na Premier League, o técnico alemão caiu em meados de setembro. Portanto, fica claro e evidente que Graham Potter foi o primeiro treinador contratado e demitido sob a gestão do sucessor de Roman Abramovich.

No entanto, o mais curioso é que o início de Graham Potter em Stamford Brigde mostrou-se bastante promissor, a julgar pelos nove primeiros jogos de invencibilidade do treinador de 47 anos de idade à frente do Chelsea.

Contudo, o cenário mudou por completo a partir da derrota no clássico diante do Arsenal por 1 a 0, válido pela 15ª rodada da Premier League, já que os pupilos de Graham Potter venceram apenas duas das 14 partidas seguintes, somando 8 derrotas e quatro empates nos demais compromissos.

Deste modo, a pressão sobre Graham Potter e a inexperiente diretoria do Chelsea, aumentou na mesma proporção que os Blues despencavam na tabela da Premier League, e a saída do ex-comandante do Brighton era dada como certa se o time inglês fosse eliminado pelo Borussia Dortmund nas oitavas-de-final da Champions League, porém como isso acabou não acontecendo, Potter ganhou uma sobrevida no clube.

Todavia, a falta de um futebol minimamente convincente da equipe que contratou o montante de 16 novos reforços nesta temporada mais uma vez pesou, e a queda de Graham Potter foi inevitável depois da derrota para o Aston Villa no último sábado (01) que, inclusive, deixou os Blues na 11ª posição da Premier League com 38 pontos em 28 jogos.

Obviamente, o Chelsea vive um processo de transição com essa mudança de gestores e a chegada de dezenas de jogadores, mas ao mesmo tempo é inegável que Graham Potter jamais foi capaz de dar o mínimo de padrão ao time, diferentemente do que ocorreu em seu clube anterior, o Brighton.

Assim, Graham Potter, que havia assinado um contrato válido por 6 anos junto ao Chelsea, deixou o clube após 31 jogos, somando 12 vitórias, 8 empates, 11 derrotas, 33 gols marcados, 31 gols sofridos, e registrando 47,3% de aproveitamento no cargo, quer dizer, um desempenho bastante similar aos 47,6% de Thomas Tuchel nesta temporada (3v-1e-3d).

Com isso, o auxiliar-técnico Bruno Saltor, ex-jogador de Valencia e Brighton, assumirá o comando dos Blues até o final da temporada e, consequentemente, estará à beira de campo no duelo contra o Real Madrid pelas quartas-de-final da Champions League.

“É um desafio enorme. Sou treinador há apenas quatro anos, mas estou envolvido com o futebol há duas décadas. Como comecei muito cedo, tenho muita experiência no vestiário. O que vou tentar fazer é ajudar os jogadores, orientá-los, porque já estive nessa situação antes. Então, tenho a sensação de que posso ajudar, especialmente os atletas mais jovens.

Bruno Saltor, treinador do chelsea

Seja como for, não seria nenhuma surpresa vermos o clube que venceu a Champions League duas vezes trocando de técnicos, erguer a orelhuda ao término da temporada em Istambul, algo que realmente só é possível ao Chelsea, afinal, este é o ciclo natural em Stamford Bridge: não entregou, tchau!

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