A temporada 2022-23 terminou bem antes do previsto ao Atlético de Madrid, a julgar que os comandados de Diego Simeone foram precocemente eliminados na fase de grupos da Champions League, e encerraram a última rodada da LaLiga no período pré-Copa do Mundo ocupando a 4ª posição da tabela, a exatos 13 pontos de distância do líder Barcelona.
Aliás, a pífia performance do Atlético de Madrid como visitante na Champions League foi o que determinou a queda dos colchoneros como lanternas do grupo B e, consequentemente, a sua pior campanha no torneio continental sob a batuta de Diego Simeone, já que eles haviam sido terceiro colocados na temporada 2017-18 e, por este motivo, ainda tiveram a oportunidade de vencer a Europa League pela terceira vez na história.
Vale ressaltar, que naquela ocasião o Atleti perdeu os três jogos disputados fora de seus domínios pela Champions League, diante de Bayer Leverkusen (2 a 0), Club Brugge (2 a 0) e Porto (2 a 1), ao passo que como mandante os espanhóis permaneceram invictos, porém desperdiçaram preciosos pontos nos empates contra belgas (0 a 0) e alemães (2 a 2).
Por outro lado, a caminhada do Atlético de Madrid não foi muito diferente no 1º turno da LaLiga, vide os empates em 1 a 1 frente Rayo Vallecano e Espanyol, além das derrotas para Villarreal, por 2 a 0, e nos clássicos ante Real Madrid e Barcelona, por 2 a 1 e 1 a 0, respectivamente, em pleno estádio Metropolitano.
Como resultado, a continuidade de Diego Simeone chegou a ser bastante questionada às vésperas do início do Mundial do Catar. Apesar da enorme idolatria do treinador argentino junto ao clube espanhol, boa parte da mídia madrilenha entendia que a longevidade de mais de uma década no cargo haviam gerado um desgaste a ponto de Cholo ter perdido sua principal qualidade: a confiabilidade defensiva.
Ainda que o Atlético de Madrid não tenha tido um bom início de temporada, o clube terminou a edição anterior da LaLiga entre os quatro melhores colocados pela 11ª vez seguida.
Seja como for, a realidade é que o péssimo desempenho da primeira metade da temporada passada, literalmente, acabou com as pretensões do Atlético de Madrid que, por sua vez, só se recuperou na LaLiga em função do ótimo 2º turno composto por 13 vitórias, 4 empates e duas derrotas, o que resultou em uma média de 75,4% de aproveitamento, lembrando que o Barcelona sagrou-se campeão registrando uma taxa de 77,2%.
A propósito, é importante destacar que o fantástico 1º turno do Atlético de Madrid foi fundamental para a conquista do seu último título espanhol na temporada 2020-21. Naquela altura, os colchoneros sofreram uma única derrota em 19 jogos, assinalando 15 vitórias e três empates nos demais compromissos. Não à toa, eles iniciaram a segunda parte da LaLiga oito pontos à frente do então vice-colocado, Real Madrid.
À vista disso, tudo o que treinador Diego Simeone quer é que o Atlético de Madrid não cometa os mesmos erros que comprometeram toda a temporada da equipe, algo que vem surtindo efeito, pelo menos momentaneamente, haja vista as duas vitórias e um empate dos rojiblancos, nas três rodadas iniciais da atual edição da LaLiga, sendo que no último jogo eles golearam o Rayo Vallecano por 7 a 0, em Vallecas, conforme você pode conferir no demonstrativo abaixo:
LaLiga 2023-24 | Partida | Local |
1ª rodada | Atleti 2 x 0 Granada | Estádio Metropolitano |
2ª rodada | Betis 0 x0 Atleti | Estádio Benito Villamarín |
3ª rodada | Rayo V. 0 x 7 Atleti | Estádio de Vallecas |
De qualquer maneira, os maiores desafios do Atlético de Madrid começarão a partir de agora, uma vez que os madrilenhos terão sete jogos para disputar em apenas três semanas, uma maratona que terá início no próximo sábado (16) contra o Valencia, na capital espanhola.
Posteriormente, o Atleti viajará até Roma para encarar a Lazio, em sua partida de estreia na nova temporada da Champions League, quer dizer, um jogo importantíssimo ao time que deseja se impor na competição por intermédio de boas campanhas dentro e fora de casa, e nada melhor do que começar ganhando em solo italiano para mostrar até aos demais oponentes da chave, Feyenoord e Celtic, quem é a principal força do grupo E.
Por sinal, regressar da Itália com os três pontos na bagagem será tão significativo ao Atlético de Madrid quanto conquistar uma vitória na partida seguinte frente o Real Madrid no estádio Metropolitano, que promoverá o reencontro dos rivais madrilenhos nos mesmos palco, mês, campeonato e turno, do primeiro clássico realizado entre eles na temporada anterior.
Portanto, componentes não faltam para o Atlético de Madrid atestar de uma vez por todas que as falhas do passado não se repetirão um ano depois. A ver!