O ano de 2018 ficará marcado eternamente na memória dos torcedores do River Plate, afinal, foi nele que os Milionários conquistaram o tetracampeonato da Copa Libertadores sobre o eterno rival, Boca Juniors. Diante deste cenário, podemos afirmar com total convicção que o conjunto de Núñez faturava ali, o título mais importante de sua gloriosa história.
Quando o River Plate perdeu a oportunidade de disputar a finalíssima da Copa Libertadores no estádio Monumental de Núñez, muitos acreditavam que ele estaria sendo prejudicado, visto que o Boca Juniors já havia jogado os primeiros noventa minutos da decisão do torneio frente a sua fanática torcida. Entretanto, quem acompanhou as partidas realizadas pelo River Plate ao longo da temporada, sabia que os pupilos de Marcelo Gallardo derrotariam o Boca Juniors até mesmo se o confronto fosse realizado em Marte, isso porque o futebol apresentado pelos Milionários é inquestionavelmente o melhor do continente sul-americano.
Aliás, a superioridade dos tetracampeões da Copa Libertadores sobre o Boca Juniors se fez valer durante todo o ano, tanto é, que em 2018, tivemos cinco edições do Superclássico, e por incrível que pareça os Milionários não perderam nenhum destes dérbis. O primeiro deles, foi realizado em Mar del Plata, no dia 21 de janeiro, pelo Torneio de Verão (torneio de pré temporada). Na ocasião, o River Plate levou a melhor ao vencer os comandados de Guillermo Barros Schelotto pelo placar mínimo, graças ao gol do colombiano Rafael Santos Borré.
Depois disso, River e Boca voltaram a se encontrar no dia 14 de março, desta vez em Mendoza, pela decisão da Supercopa da Argentina, competição que reúne o campeão da Superliga argentina e o campeão da Copa da Argentina. Para a surpresa de todos, o River Plate, que vivia um momento pior em relação ao Boca Juniors naquela época, acabou vencendo a decisão por 2 a 0, com gols de Gonzalo “Pity” Martínez e Ignacio Scocco, e com direito a uma atuação de gala do goleiro Franco Armani, considerado o melhor jogador da partida.
Já o terceiro Superclássico do ano, aconteceu somente no segundo semestre, em setembro para ser mais específico. O palco do clássico foi o estádio da Bambonera, casa do Boca Juniors, sendo que o jogo era válido pela 6ª rodada da Superliga da Argentina. Para a alegria de toda a nação colorada, e tristeza da torcida boquense, Marcelo Gallardo deu um verdadeiro nó tático em Guillermo Barros Schelotto, não à toa, o River Plate bateu o arquirrival novamente por 2 a 0, e detalhe, uma vez mais com tentos de “Pity” Martínez e Ignacio Scocco.
O quarto encontro entre os maiores clubes do futebol argentino em 2018, foi pela inédita final da Copa Libertadores da América, no mês passado. Por ter realizado uma campanha melhor durante a competição, o River Plate teve o privilégio de jogar a segunda e decisiva partida do torneio em seus domínios. Desta maneira, o jogo de ida foi realizado na Bambonera, e embora o Boca Juniors tenha ficado duas vezes em vantagem no marcador, ele não conseguiu segurar o ímpeto dos Milionários, que através dos gols de Carlos Izquierdoz (gol contra) e Lucas Pratto, regressaram à Núñez com o empate de 2 a 2 na bagagem.
Como citei a pouco, o quinto Superclássico deste ano seria disputado no Monumental de Núñez, mas devido ao apedrejamento do ônibus do Boca Juniors, ele foi transferido para o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid. E como não poderia deixar de ser, o filme novamente se repetiu, dado que o River Plate sagrou-se tetracampeão continental, depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal, e ganhar por 2 a 0 na prorrogação. Vale ressaltar, que os gols do título foram feitos por Lucas Pratto, Juan Quintero, e advinha quem? Ele mesmo, Pity Martínez!
Essa série de vitórias contra o Boca Juniors servirão de combustível para o River Plate lutar pela conquista do Torneio Mundial de Clubes da FIFA, competição essa, que teve início na tarde desta quarta-feira nos Emirados Árabes Unidos, com o triunfo do Al Ain sobre Team Wellington nos pênaltis. Vale ressaltar, que o Real Madrid, atual tricampeão europeu, vem oscilando bastante nesta temporada, ao contrário do time de Núñez, que está voando baixo. Por este motivo, muitos consideram que esta será a edição mais equilibrada do torneio na última década. Com ou sem o título mundial, uma coisa é certa, 2018 foi um ano inesquecível tanto para o River Plate quanto para Marcelo Gallardo.