Cobranças já começam a assolar Mourinho na Roma

Após um início com triunfos marcantes contra Fiorentina, Salernitana e Sassuolo, a Roma, de José Mourinho, segue em franca queda de rendimento, haja vista os cinco pontos conquistados dos últimos dezoito disputados pelos giallorossis. Ou seja, um filme que já acompanhamos recentemente na passagem do Special One pelo Tottenham.

Passados 128 dias da contratação de José Mourinho, e os torcedores romanistas já mostram-se descontentes com o trabalho do técnico português. Pois é, a enorme festa que vimos na chegada de Mourinho à Cidade Eterna começou a se transformar em frustração depois da histórica goleada sofrida pelos giallorossis por 6 a 1 frente o Bodo/Glimt – naquela que veio a ser a derrota mais vexatória da carreira do Special One, de acordo com o próprio treinador.

Embora o Bodo/Glimt seja o atual campeão da Eliteserien, e José Mourinho tenha mandado à campo um time alternativo para encarar os noruegueses, nem o mais pessimista dos torcedores imaginava que a Roma sofreria um revés de tamanha proporção. Contudo, a derrota na Noruega pode ser considerada um divisor de águas na temporada dos giallorossis, visto que eles não venceram mais desde então, somando apenas uma vitória em cinco jogos disputados neste período.

A propósito, vale ressaltar que os giallorossis não conseguiram dar o troco nos noruegueses no reencontro entre eles na tarde de ontem (04), tendo em vista que ambos empataram em 2 a 2 no estádio Olímpico. Com este resultado, a Roma permaneceu na vice-colocação do grupo C da Conference League 2021/22 com 7 pontos ganhos – um a menos do que o líder, Bodo/Glimt.

Consequentemente, as críticas sobre José Mourinho aumentaram pelos lados de Roma, em especial porque segundo o site transfermarkt, o elenco romanista é quase TRINTA vezes mais caro em relação ao plantel do Bodo/Glimt, lembrando que os giallorossis foram a equipe italiana que mais investiu em contratações de reforços na atual temporada, tendo gasto o montante de € 124,25 milhões.

E devido as altíssimas cifras despejadas pelos giallorossis neste meio de ano, era esperado que o treinador mais bem remunerado do futebol italiano na atualidade realizasse um trabalho mais convincente à frente da Roma, sobretudo porque o ex-comandante do time, Paulo Fonseca, foi capaz de conduzi-lo às semifinais da Europa League na temporada passada, isto é, uma competição de nível técnico superior em comparação a Conference League.

Contudo, Paulo Fonseca foi demitido tanto por conta das constantes derrotas da Roma em grandes jogos, quanto em função do excessivo número de gols sofridos pela equipe sob a sua batuta, quer dizer, problemas que José Mourinho não conseguiu resolver até o momento, a julgar pelos recentes revezes do conjunto romano diante de Lazio, Juventus e Milan, além dos 22 tentos sofridos em 17 partidas disputadas na temporada 2021/22.

Em última análise, por mais que José Mourinho afirme que assinou um contrato de três anos, e não de três meses junto à Roma, a expectativa é a de que os giallorossis pratiquem um futebol que pelo menos justifique os mais de € 100 milhões investidos na temporada, para que desta maneira, o filme de um início promissor e um final infeliz, como a da passagem do Special One pelo Tottenham, não se repita novamente no clube da capital italiana.

2 Comentários

  1. Tiago Arias Reis Responder

    Caramba eu não entendo como a mídia ainda acredita no Mourinho.
    Esse cara é um ex-treinador igual o Luxemburgo e o Felipão.

    • JoaoRicardo Responder

      Em nenhuma parte do texto o trabalho de Mourinho foi elogiado, ou apontado como esperançoso na Roma, apesar dos altíssimos investimentos realizados pelo clube nesta temporada.

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