Com a classificação às quartas-de-final da Copa da Alemanha, e o triunfo no clássico diante do St. Pauli, o Hamburgo renovou as esperanças em relação ao tão sonhado retorno à Primeira Divisão.
A queda do Hamburgo à Bundesliga 2 em 2018, até hoje não foi bem assimilada pelos hamburgueses, sobretudo porque eles se vangloriavam pelo fato de nunca terem sido rebaixados. Não à toa, um relógio no Volksparkstadion, marcava os anos, dias, horas, minutos e segundos que o clube do norte da Alemanha estava Primeira Divisão, lembrando que o HSV era o único time que participara de todas as edições do Campeonato Alemão em seu formato atual.
Todavia, ao contrário do que muitos imaginavam, o Hamburgo não encontrou vida fácil desde que caiu de divisão, tanto é, que a equipe realiza a sua quarta temporada na Bundesliga 2 e, obviamente, sem o relógio marcando presença no Volksparkstadion. Vale ressaltar, que o clube seis vezes campeão alemão terminou as três edições anteriores do campeonato na quarta colocação da tabela, ou seja, a uma posição da disputa dos playoffs de acesso.
O famoso relógio do Volksparkstadion foi removido um ano após o rebaixamento do Hamburgo à Segunda Divisão.
No entanto, a maré mudou pelos lados do Volkspark neste início de ano, a começar por conta da heróica classificação dos comandados de Tim Walter às quartas-de-final da Copa da Alemanha, quando eles despacharam o Colônia – atual oitavo colocado da Bundesliga – nas penalidades, depois de um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar do jogo, e outro 0 a 0 na prorrogação.
Já no último final de semana, o Hamburgo bateu o St. Pauli por 2 a 1, de virada, no Volksparkstadion, resultado que por sinal, determinou a quebra do longo tabu dos hamburgueses de quase três anos sem vitórias no clássico da cidade. Além disso, o Rothosen tirou o rival da liderança da Bundesliga 2, estendendo a sua invencibilidade para cinco jogos na atualidade (2V – 3E).
O Hamburgo não vencia o clássico frente o St. Pauli desde março de 2019. Neste período, foram quatro derrotas do Rothosen e um empate, em cinco dérbis disputados.
Apesar de saído atrás do placar, o Hamburgo jogou melhor, sendo dominante durante a maior parte do clássico. Logo, os tentos de Sebastian Schonlau e Bakery Jatta, ambos marcados na etapa final da partida, apenas fizeram jus ao que foi o duelo. A propósito, o futebol ofensivo, intenso e vertical, tem sido a marca registrada hamburgueses nesta temporada, embora eles sejam donos da melhor defesa da Bundesliga 2 com 20 gols sofridos em 20 jogos.
Armado no 4-3-3, o Hamburgo é uma equipe extremamente técnica, que tem por característica tomar as ações dos jogos atuando tanto dentro quanto fora de seus domínios. Aliás, isso explica porque o HSV é o participante que registra a maior média de posse de bola da Bundesliga 2 (62,5%), além de ser o time que cria mais chances de gols (68, no geral) e troca mais passes no campeonato (432 passes certos de média por partida).
Contudo, é importante destacar que os hamburgueses ocupam o quarto posto da tabela da Bundesliga 2, juntamente com Schalke 04 e Heidenheim, todos com 34 pontos, estando a cinco pontos do líder Darmstadt, e a quatro do nono colocado Padernorn. Pois é, e considerando o fato de que ainda restam 14 rodadas para o término do torneio, a verdade é que a batalha travada pelo Hamburgo para regresar à elite do futebol alemão está bem longe do fim.