As últimas duas temporadas do West Ham foram realmente drásticas, tudo por conta do péssimo planejamento realizado pela diretoria, e logicamente, devido aos pífios trabalhos de Slaven Bilic e posteriormente, do sucessor David Moyes. Não à toa, os Hammers terminaram na 11ª e 13ª posições, respectivamente, nas duas edições anteriores da Premier League. Na tentativa de reverter totalmente este cenário, o diretor de futebol do clube, Mario Husillos, segue reformulando a equipe tanto dentro quanto fora de campo, buscando através destas mudanças, colocar o time londrino novamente na rota certa.
Mudança no comando
O maior erro cometido pelo West Ham na temporada passada, foi ter iniciado ela com Slaven Bilic no comando da equipe. Foram necessárias onze rodadas, uma derrota para o Liverpool por 4 a 1, e o time cair para a 18ª posição na tabela da Premier League, para que a diretoria enfim percebesse que o treinador croata levaria o clube à segunda divisão.
No entanto, o nome escolhido para substituir Slaven Bilic, foi nada mais nada menos do que o escocês David Moyes, que vinha de passagens horrendas por Manchester United e Real Sociedad. O único acerto dos Hammers naquele momento, foi ter firmado o contrato apenas até o final da temporada.
Embora David Moyes tenha cumprido o objetivo de livrar o clube do rebaixamento, o futebol deplorável apresentado pela equipe, pesou contra Moyes, que deixou o conjunto do leste de Londres após 31 jogos, somando nove vitórias, dez empates e 12 derrotas neste período.
Depois de diversas sondagens, Mario Husillos anunciou oficialmente que o chileno Manuel Pellegrini, ex-técnico do Manchester City e que estava no Hebei Fortune (China), seria o novo treinador do West Ham.

Novos reforços
Não é justo apontar somente os ex-treinadores do West Ham como responsáveis pelo péssimo desempenho da equipe nas últimas duas temporadas, afinal, os jogadores também não renderam o esperado dentro das quatro linhas. Desta maneira, a diretoria dos Hammers decidiu abrir os cofres e ir ao mercado em busca de reforços, obviamente, negociando todos com o aval do treinador Manuel Pellegrini.
Por ter encerrado a Premier League 2017/18 com a pior defesa da liga juntamente com o rebaixado Stoke City, ambos com 68 gols sofridos em 38 jogos disputados, o setor defensivo foi o mais reforçado pelo West Ham até aqui, tanto é, que o goleiro Lukasz Fabianski, o lateral-direito Ryan Fredericks, os zagueiros Issa Diop e Fabián Balbuena, além do volante Jack Wilshere, já foram contratados pelo clube. E não para por aí, o defensor Domagoj Vida, um dos destaques da Croácia na Copa do Mundo 2018, está bastante próximo de acertar com os Hammers, portanto, caso esta negociação seja confirmada, serão três novos zagueiros no time de Pellegrini.

Recorde de compras
Mas não é apenas a defesa que preocupa Manuel Pellegrini, uma prova disso é que o West Ham desembolsou a bagatela de 20 milhões de euros (R$ 90,2 milhões) para tirar o meia-atacante Andriy Yarmolenko do Borussia Dortmund.
Entretanto, quando todos achavam que a diretoria já havia gasto boa parte do dinheiro em caixa, ela novamente surpreendeu, contratando o meia Felipe Anderson junto à Lazio, pelo montante de 38 milhões de euros (R$ 171,38 milhões). Para se ter ideia, esta foi a maior transação da história dos Hammers até hoje. O jogador de 25 anos de idade, assinou um contrato válido por quatro temporadas com o clube londrino, e logo de cara, o brasileiro já deixou evidente toda a sua satisfação por defender as cores do West Ham, confira:
“Eu me sinto realmente feliz e realizado por chegar ao West Ham. Trata-se de um clube com muita tradição. Muitos grandes jogadores já jogaram aqui, como Bobby Moore, Carlos Tevez e Di Canio. Eles foram grande jogadores e ídolos aqui. Estou mirando alto, então, quem sabe, talvez eu possa chegar onde eles chegaram também. Estou feliz por estar aqui, é um sonho que virou realidade”.

Pressão futura
Todos estes 95 milhões de euros (R$ 428,45 milhões) investidos por David Sullivan, dono do clube, sairão ainda mais caro ao técnico Manuel Pellegrini, caso o time fracasse novamente dentro de campo. Sabemos que o West Ham não brigará pelo título da Premier League, aliás, os Hammers têm fama de time mediano na Inglaterra, porém depois que a equipe mudou de casa ao deixar o antigo estádio Upton Park para atuar no moderníssimo estádio Olímpico de Londres, muitos diretores e até mesmo torcedores, acreditavam que o West Ham alçaria vôos mais altos nas competições que teria pela frente.
A meta estipulada pela diretoria ao novo comandante é classificar a equipe para disputar competições internacionais no ano que vem, portanto, o West Ham terá a indigesta missão de terminar a Premier League entre os seis primeiros colocados na tabela.
Por essas e outras, a cobrança sobre o trabalho de Manuel Pellegrini será ainda maior do que era sobre os seus antecessores, dessa forma, somente bons resultados farão o treinador chileno ter uma passagem de sucesso pelo clube londrino.