Gracias, Diego!

O dia 25 de novembro de 2021 ficará marcado eternamente na história do futebol, afinal, nesta fatídica data o mundo perdeu Diego Armando Maradona, vítima de uma parada cardiorrespiratória aos 60 anos de idade.

Diego Armando Maradona, morreu! Pois é, está trágica notícia tomou conta do noticiário esportivo em todas as partes do mundo desde a tarde de ontem, logo, a partir daí já é possível dimensionar a grandeza do eterno camisa 10 argentino. Nascido em Lanús, província de Buenos Aires, no dia 30 de outubro de 1960, Maradona iniciou a sua carreira futebolística no Argentino Juniors, modesto clube da capital argentina sediado no bairro de La Paternal, e tinha como principal sonho na vida disputar uma Copa do Mundo defendendo as cores de seu país.

Mas no final das contas, o destino foi bastante generoso com Diego Maradona, que ao invés de um Mundial, acabou disputando quatro (1982, 1986, 1990 e 1994) e, de quebra, faturou a Copa do Mundo de 1986 sendo o grande personagem do selecionado argentino no torneio disputado no México, especialmente por conta dos gols marcados sobre a Inglaterra no estádio Asteca apelidados de “La Mano de Dios” e “El Gol del Siglo“, naquele confronto que ficou marcado por reunir as duas seleções pela primeira vez após a Guerra das Malvinas.

Conduzir a Argentina ao bicampeonato mundial em 1986, foi crucial para que El Pibe de Oro torna-se uma espécie de Deus na Argentina. A propósito, muitos podem questionar se Maradona é, ou não, o melhor futebolista de todos os tempos. Entretanto, ninguém deve duvidar que ele é o jogador de futebol mais amado por uma nação ao longo da história, visto que não existe nenhum outro atleta tão idolatrado quanto Diego é pelos argentinos.

Obviamente, a veneração do camisa 10 junto ao povo argentinos deu-se em função de títulos e vitórias triunfantes como a conquistada sobre a Inglaterra. Todavia, a paixão pelo ídolo também ganhou notoriedade devido ao estilo simples de Maradona, que fora de campo era uma pessoa normal que cometia erros e acertos, mas nunca deixava de lutar pelos seus ideais. Além disso, as opiniões contundentes e sempre em prol dos mais humildes, o transformaram em um herói nacional.

No entanto, a idolatria por Diego Maradona não se resume apenas aos argentinos, já que os napolitanos também o tem como um ícone, isso porque El Diez quebrou uma série de paradigmas no período em que vestiu a camisa do Napoli entre os anos de 1984 a 1991, vencendo os únicos dois scudettos do Calcio conquistados pelo clube até hoje. Vale ressaltar, que na época Maradona aceitou transferir-se a um time situado no sul da Itália, ou seja, região contrária ao norte, aonde estão situadas as equipes mais ricas do país.

Considerado um grande representante do discriminado povo napolitano, Diego Maradona viveu uma situação totalmente inusitada na Copa do Mundo de 1990, tendo em vista que a Argentina enfrentou a seleção italiana pelas semifinais do torneio, na ocasião, disputado na própria Itália. Aliás, é importante salientar que o duelo teve como palco o estádio San Paolo, isto é, a casa do Napoli, equipe do craque argentino. E como não poderia deixar de ser, a torcida era toda por Maradona, que saiu de campo com a vaga na finalíssima garantida.

Por fim, são tantas as histórias envolvendo o polêmico Diego Maradona que fica impossível reverenciá-lo em um único artigo. Contudo, pelo menos pra mim, a morte do camisa 10 não causou nenhuma surpresa, na verdade me espantaria vê-lo vivendo até os 80 anos, uma vez que ele já havia sofrido um ataque cardíaco em 2000, e desde então, convivia com problemas de saúde decorrentes do uso contínuo de drogas. Deste modo, o ritmo de vida deixava evidente que o pior estava prestes a vir ao homem Maradona, algo que jamais acontecerá com o ídolo, pois este, é eterno!

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