Como não poderia deixar de ser, a triste guerra na Ucrânia só está trazendo graves consequências tanto a russos quanto a ucranianos, inclusive, no que diz respeito ao futebol de ambos os países.
Não é necessário ser nenhum especialista em geo-política para compreender que a guerra na Ucrânia é, na verdade, a batalha entre o presidente Vladimir Putin contra os ucranianos, tendo em vista que a maior parte da população russa não é a favor do combate. De qualquer maneira, o triste disso tudo é saber que quem mais sofre com esta ação imprudente de Putin são militares e civis, que morrem aos montes em decorrência deste conflito.
Pois é, e diante de tanta tragédia, é óbvio que questões de âmbito esportivo ficam totalmente em último plano nesta guerra iniciada por Vladimir Putin. Todavia, como este é um blog cujo tema é futebol, é necessário analisar o assunto, sobretudo porque diversas já foram as consequências causadas pelo conflito na Ucrânia, a começar pela morte de Dmytro Martynenko, jogador que atuava pelo FC Gostomel, da segunda divisão, e morreu em campo de batalha.
Segundo o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, mais de 2.000 civis já foram mortos em virtude da guerra. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 836 mil ucranianos já deixaram o país.
Em contrapartida, o pior é imaginar que mais jogadores correm o sério risco de perder suas vidas, seja em combate, como é o caso do zagueiro do Shakhtar Donetsk, Viktor Kornienko, ou se protegendo de ataques dentro de suas próprias casas, que é o que acontece com o experiente meio-campista da seleção ucraniana, Taras Stepanenko.
Aliás, o próximo compromisso da seleção ucraniana será no final deste mês contra a Escócia (dia 24), pela repescagem das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Mas em função da guerra que assola a Ucrânia, ainda não se sabe se este jogo acontecerá. De certo mesmo, é que a Rússia não enfrentará a Polônia por ter sido expulsa da competição pela FIFA.
Nem a boa relação entre Gianni Infantino e Vladimir Putin, foi capaz de evitar as punições da FIFA junto aos russos.
Além da exclusão da Copa do Mundo do Catar, a FIFA também proibiu a Rússia de atuar utilizando a bandeira do país, e também de usar seu nome durante os jogos, passando a ser chamada de União do Futebol Russo. Ademais, é importante salientar que a entidade máxima do futebol não permitirá com que partidas sejam realizadas em solo russo, e proibiu que o hino da nação de Vladimir Putin seja tocado antes de qualquer compromisso.
E não para por aí, já que a UEFA também elaborou uma série de sanções à Rússia, sendo a primeira delas, mudar a final da Champions League de São Petersburgo para Paris. Além disso, o Spartak Moscou foi desclassificado da Europa League, lembrando que a equipe da capital russa enfrentaria o RB Leipzig no próximo dia 10, pelas oitavas-de-final do torneio. Contudo, os russos ainda recorrerão destas decisões no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte).
Por fim, times como Schalke 04 e Everton, rescindiram os seus contratos de patrocínios junto à empresas russas. Logo, fica claro que a Rússia só saiu perdendo por conta da guerra. No entanto, os maiores prejudicados são os ucranianos, afinal, o que será do futebol no país? Em que condições clubes, estádios, e cidades, se encontrarão após o conflito? Infelizmente, só saberemos essas respostas após o cessar-fogo de Putin. E que ele venha o quanto antes!