A histórica goleada da Holanda sobre Gibraltar por 7 a 0, aliviou a pressão que assolava Frank de Boer no comando técnico da Laranja Mecânica e, de quebra, deixou os holandeses a apenas um ponto da liderança do grupo G das Eliminatórias.
O duríssimo revés por 4 a 2 sofrido pela Holanda frente a Turquia na estreia das duas seleções pelas Eliminatórias da Copa de 2022, fez com que os holandeses ligassem a luz de alerta no torneio, afinal, somente os líderes de cada grupo conseguem a vaga direta ao Mundial do Catar – enquanto os segundos colocados vão para a repescagem. Todavia, é importante salientar que a derrota em Istambul poderia ter sido muito pior, visto que os turcos chegaram a abrir 3 a 0 no placar, o que significa que os comandados de Frank de Boer ficaram realmente no lucro.
Sem nenhum ponto na tabela e com um saldo negativo de dois gols, a Laranja Mecânica entrou em campo para encarar a Letônia na rodada seguinte vislumbrando golear os letões para se recuperar nas Eliminatórias. Por esta razão, a vitória por 2 a 0 em Amsterdam não foi tão comemorada pela Holanda. Embora os anfitriões tenham finalizado o montante de 36 vezes ao longo da partida, sendo onze na meta adversária, além de terem obtido sete chances claras de gols, eles balançaram as redes somente em duas oportunidades.
Desta maneira, o triunfo sobre os letões teve um certo sabor de derrota para os torcedores holandeses, sobretudo porque o atual selecionado da Letônia não lembra nem de longe aquele de 2004, que disputou a Eurocopa quando o torneio ainda era composta por apenas 16 seleções, muito pelo contrário, hoje os soviéticos são considerados o saco de pancadas do grupo G das Eliminatórias ao lado de Gibraltar.
Diante deste cenário, a Holanda viajou pressionada para encarar Gibraltar na tarde desta terça-feira (30), inclusive encarando esta partida como uma verdadeira decisão, tendo em vista que um placar curto poderia comprometer totalmente a sua caminhada rumo ao Catar. No entanto, a acachapante vitória por 7 a 0 recolocou a Laranja Mecânica novamente na briga pela liderança do grupo, ainda mais com o empate entre Turquia e Letônia (3 a 3).
A Holanda encerrou a 3ª rodada das Eliminatórias na vice-colocação do grupo G com seis pontos, a apenas um da líder Turquia, porém com sete gols de saldo.
Contudo, a goleada sobre Gibraltar acabou tendo extremo valor ao treinador Frank de Boer, isso porque o comandante de 50 anos de idade sofre enorme pressão no cargo. A propósito, o técnico holandês só está à frente da Holanda em função de seu glorioso passado na seleção, uma vez que as suas recentes passagens por Inter de Milão, Crystal Palace, e Atlanta United, definitivamente não o credenciam para suceder Ronald Koeman na Laranja Mecânica. O único bom trabalho realizado por De Boer fora das quatro linhas, deu-se no Ajax, com o tricampeonato nacional em 2011, 2012 e 2013.
Vale ressaltar, que Ronald Koeman vinha fazendo um excelente trabalho na seleção, haja vista as ótimas campanhas dos holandeses na Nations League e nas Eliminatórias da Euro 2020, já que a Holanda garantiu a sua classificação ao torneio sem encontrar dificuldades. Ainda assim, Koeman deixou o cargo após aceitar o convite para comandar o Barcelona, o que abriu as portas para Frank de Boer sucedê-lo no cargo. Atualmente, De Boer coleciona 4 vitórias, 3 empates e uma derrota em 8 jogos à frente da Laranja Mecânica, registrando 62,5% de aproveitamento através desta performance.
Algumas mudanças feitas por Frank de Boer em relação ao time que perdeu na estreia das Eliminatórias, melhoraram o futebol da Holanda, como a entrada de Denzel Dumfries, Davy Klaassen e Luuk de Jong na equipe titular, além do deslocamento de Memphis Depay para atuar aberto pela esquerda, enquanto Steven Berghuis continuou na direita. Apesar disso, De Boer precisará provar o seu valor partida após partida, até porque a Laranja Mecânica segue na vice-posição do indigesto grupo composto por Turquia, Montenegro e Noruega. A ver!