Klopp mantém otimismo apesar da escassez de reforços

Ao contrário de seus principais rivais, os Reds contrataram somente um reforço para a disputa da temporada 2021/22, algo que não incomoda nem um pouco o treinador Jurgen Klopp, ao contrário da torcida do Liverpool.

A euforia que tomava conta dos torcedores do Liverpool em relação a contratações na janela de transferências do verão europeu de 2021 transformou-se em frustração após o fechamento da mesma, e tudo porque o conjunto de Merseyside apresentou apenas Ibrahima Konaté, ex-RB Leipzig, como reforço para a disputa da temporada 2021/22, lembrando que os jogadores Giorgio Wijnaldum Xherdan Shaqiri e Ben Davies fizeram o caminho inverso do zagueiro de 22 anos de idade ao deixarem Anfield neste meio de ano.

Deste modo, os Reds encerraram a sua participação na última janela de transferências gastando € 40 milhões, e faturando outros € 27,5 milhões. Assim, dentre os vinte clubes que disputam a Premier League, o Liverpool foi somente o 14º que mais investiu em reforços neste período, ou seja, uma situação distinta de seus principais concorrentes na corrida pelo título inglês, haja vista os €140 milhões despejados pelo Manchester United, os € 127,5 desembolsados pelo Chelsea, ou os € 165,6 milhões injetados pelo Arsenal. Confira abaixo, o plantel de Jurgen Klopp na temporada 2021/22:

Goleiros: Allison, Adrián, Loris Karius e Caoimhin Kelleher.
Laterais: Trent Alexander-Arnold, Neco Willias, Andrew Robertson e Konstantinos Tsimikas.
Zagueiros: Joel Matip, Virgil van Dijk, Ibrahima Konaté, Joe Gomez e Nathaniel Phillips.
Meio-campistas: Fabinho, Jordan Henderson, Naby Keita, Thiago Alcântara, Alex Oxlade-Chamberlain, James Milner e Curtis Jones.
Atacantes: Roberto Firmino, Mohamed Salah, Sadio Mané, Diogo Jota, Divock Origi, Takumi Minamoto e Harvey Elliott.

Todavia, ver o Liverpool investir pouco em uma janela de transferências não é novidade aos torcedores do time, tendo em vista que os Reds apresentaram apenas quatro contratações no verão europeu de 2019, tratam-se de Harvey Elliott , Sepp van den Berg, Adrián e Andy Lonergan, isto é, dois goleiros e duas jovens promessas do futebol. Ainda assim, naquela oportunidade, os pupilos de Jurgen Klopp encerraram a temporada erguendo o caneco inglês após 30 anos, o que significa que reforços não são sinônimo de sucesso, vide a atual situação do lanterninha Arsenal.

Contudo, é compreensível a preocupação por parte da torcida, afinal, a série de lesões sofridas pelos atletas do Liverpool – em especial de seus defensores – contribuiu para a má campanha dos Reds na temporada passada. Além disso, a saída de Giorgio Wijnaldum, uma das principais peças de Jurgen Klopp, enfraqueceu o setor de meio-campo. E tudo isso sem contar que já estava definido que Saúl Ñíguez seria o sucessor de Wijnaldum no time, mas no final das contas o jogador espanhol acabou se transferindo ao Chelsea via empréstimo de um ano, por míseros € 5 milhões.

No entanto, o que os Reds mais sonhavam nesta janela de meio de ano era realmente com a chegada de um novo atacante, sobretudo porque tanto Mohamed Salah quanto Sadio Mané desfalcarão a equipe no próximo mês de janeiro em virtude da Copa Africana de Nações, deixando somente Roberto Firmino e Diogo Jota como as únicas opções confiáveis de Jurgen Klopp no setor ofensivo. Pois é, mas a grave crise econômica que vem assolando o clube desde o início da pandemia, inviabilizou a vinda de qualquer outro reforço além de Ibrahima Konaté.

Vale ressaltar, que o Liverpool é administrado de forma autossustentável pelo grupo norte-americano Fenway Sports Group (FSG), ao contrário de rivais como Chelsea e Manchester City, geridos com dinheiro oriundo de petrolíferas russas e árabes. Ademais, é importante salientar que os Reds gastaram cerca de £ 60 milhões para a extensão da “The Kop” – uma das arquibancadas de Anfield -, e investiram outros £ 50 milhões para obras de modernização de seu Centro de Treinamento, o que obviamente agravou a crise no clube de Merseyside.

Em contrapartida, recentemente os Reds renovaram os contratos de Alisson, Trent Alexander-Arnold, Andrew Robertson, Virgil van Dijk, Fabinho e Jordan Henderson, assegurando a permanência de todos no clube por mais alguns anos. De qualquer modo, não veremos Jurgen Klopp reclamando devido a escassez de reforços, até porque o treinador alemão confia em seu elenco e sabe como é trabalhar com baixos recursos financeiros desde os seus tempos no Borussia Dortmund. Portanto, a temporada dirá o que prevalecerá no Liverpool: o otimismo de Klopp, ou a desconfiança da torcida.

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