Gattuso desembarca na Riviera Francesa para apagar o incêndio no Olympique de Marselha

Novos horizontes se abriram ao Olympique de Marselha em função da terceira colocação na temporada passada da Ligue 1, afinal, através dela o clube da Costa Mediterrânea venceu a duríssima batalha pela última vaga da Champions League.

Entretanto, as expectativas do Olympique de Marselha francês aumentou pra valer após o ótimo mercado realizado em meio saídas de Alexis Sanchez, Dimitri Payet, Mattéo Guendouzi e Sead Kolasinac. E tudo porque Pierre-Emerick Aubameyang, Iliman Ndiaye, Ismaila Sarr, Ruslan Malinovskyi, Geoffrey Kondogbia, Renan Lodi, Amine Harit, Joaquín Correa, além do treinador Marcelino García Toral, campeão da Copa do Rei à frente do Valencia na temporada 2018-19, fizeram o caminho inverso e desembarcaram na Costa Sul da França neste meio de ano.

Mas contrariando totalmente as previsões, a realidade é que o caminho do Olympique de Marselha tem sido obscuro neste início de temporada, e o primeiro mal presságio veio na Champions League, já que depois de uma derrota pelo placar mínimo em Atenas, e uma vitória por 2 a 1 no Vélodrome, os franceses caíram diante do Panathinaikos nos pênaltis, e foram precocemente eliminados na fase pré-eliminatória do torneio continental.

Posteriormente, o clube da Riviera Francesa conquistou apenas uma vitória nos seis jogos disputados após a inesperada queda na Champions League, somando quatro empates e uma derrota nos demais compromissos. Por sinal, o revés sofrido pelos marselheses nesta negativa sequência de resultados ocorreu exatamente na rodada anterior da Ligue 1, onde eles foram goleados pelo PSG por 4 a 0 no Parque dos Príncipes.

Todavia, é importante salientar que a trajetória de Marcelino García Toral já havia sido interrompida antes da primeira derrota do Olympique de Marselha na Ligue 1, a julgar que o treinador espanhol pediu demissão no dia seguinte ao empate sem gols contra o Toulouse, em pleno Vélodrome, na rodada que precedeu o 4 a 0 em Paris, alegando que recebeu ameaças por parte dos ultras. Assim, a sua passagem pela Riviera Francesa durasse míseros sete jogos ou 81 dias.

Deste modo, goleado no clássico e ocupando a 8ª posição na tabela da Ligue 1 com 9 pontos ganhos, o Olympique de Marselha se viu ainda mais pressionado a buscar um novo treinador, e depois da negativa por parte de Zinedine Zidane, o nome escolhido pela diretoria foi o de Gennaro Gattuso, que estava livre no mercado desde que deixou o Valencia em janeiro deste ano.

Pois é, e os desafios de Gennaro Gattuso começarão cedo nesta nova empreitada no futebol francês, tendo em vista que o Olympique de Marselha enfentará o Monaco no próximo sábado (30), lembrando que os monegascos já chegaram a liderar a atual edição da Ligue 1 e no momento dividem o terceiro posto da classificação ao lado do PSG. Em seguida, os marselheses receberão o Brighton, pela 2ª rodada da fase de grupos da Europa League.

Estou muito feliz e orgulhoso por ingressar no Olympique de Marselha. Um clube e um estádio, o Vélodrome, famoso em toda a Europa pela paixão e fervor que dele emana. Mal posso esperar para começar a trabalhar com o grupo e enfrentar os desafios que teremos pela frente.

Gennaro Gattuso, novo treinador do Olympique de Marselha

Seja como for, Gennaro Gattuso terá a quarta chance de dirigir uma equipe de grande expressão na carreira, já que o jovem técnico de 45 anos de idade acumula passagens por Milan, Napoli e Valencia, e embora ele tenha conduzido o clube da Campania ao título da Copa da Itália em 2020, inegavelmente o seu trabalho não convenceu naquela oportunidade, vide as 7ª e 5º colocações dos napolitanos sob o seu comando na Serie A.

Ademais, ainda que o Valencia não sirva como parâmetro para avaliar o desempenho de um treinador em decorrência do caos administrativo ali instaurado, a passagem de Gennaro Gattuso pelo Mestalla não deixou saudades, haja vista os seus 39,4% de aproveitamento, em 22 partidas no cargo (7v-5e -10d).

Contudo, ao menos inicialmente Gennaro Gattuso precisará adaptar o Olympique de Marselha ao sistema de jogo com quatro defensores se mantiver o 4-3-3 utilizado à frente de Milan, Napoli e Valencia, já que o time atuou no 3-4-2-1 durante toda a última temporada sob a batuta de Igor Tudor.

Além disso, será imprescindível melhores performances tanto do ataque que acumula mais chutes na trave (6) e é o terceiro em grandes chances desperdiçadas na Ligue 1 (11), quanto da defesa que já foi vazada o montante de 13 vezes na competição, bem como o resgate da intensa conexão entre o Olympique de Marselha e o Vélodrome, perdida na atual temporada em virtude do pragmático futebol praticado pela equipe.

Por essas e outras, é difícil imaginar que Gennaro Gattuso alcançará o objetivo – inclusive previsto em contrato – de deixar o Olympique de Marselha no mínimo entre os quatro melhores colocados da Ligue 1 no final da temporada, o que se subentende que o seu futuro não será diferente em relação ao dos antecessores André Villas-Boas, Jorge Sampaoli, Igor Tudor e Marcelino García Toral. A ver!

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