O Aston Villa quase alcançou o impossível, e agora quer mais!

Apesar da vitória por 3 a 2 no Villa Park, a caminhada do Aston Villa chegou ao fim na Champions League, encerrando o conto de fadas vivido pelo clube que há seis anos figurava na segunda divisão inglesa, e há quatro décadas não disputava a Champions League.

Pois é, a dura derrota por 3 a 1 diante do PSG no jogo de ida das quartas-de-final da Champions League no Parque dos Príncipes, obrigava o Aston Villa a conquistar uma vitória por ao menos dois gols de diferença em Birmingham para levar a decisão à prorrogação. Entretanto, se a situação já era difícil ela se tornou praticamente impossível após Achraf Hakimi e Nuno Mendes ampliarem a vantagem dos franceses antes dos trinta minutos de partida.

Deste modo, a realidade é que o Aston Villa tinha pouco mais de uma hora de jogo para marcar quatro gols e, assim, igualar a soma do placar agregado que no momento era de 5 a 1 a favor do PSG. Em outras palavras, conseguir uma das viradas não apenas mais épicas da história do clube ou da Champions League, como do futebol europeu em todos os tempos.

E extremamente contagiado pela incrível atmosfera formada pelos muitos dos fãs que jamais haviam vivido uma noite eliminatória de Champions League no Villa Park, onde também estava presente o Príncipe William, o Aston Villa atingiu níveis jamais alcançados desde a chegada de Unai Emery ao clube em 2022 ao balançar as redes três vezes através dos tentos de Youri Tielemans, John McGinn e Ezri Konsa, e ficar a um mísero gol de disputar a prorrogação.

Conforme você pode acompanhar acima, o Aston Villa finalizou o montante de 17 vezes ao longo da partida, sendo que oito destes arremates acertaram a meta do goleiro Gianluigi Donnarumma, eleito o melhor jogador em campo em virtude de três verdadeiros milagres realizados no segundo tempo ao defender um chute de Marcus Rashford, seguido de uma cabeçada de Youri Tielemans, além de um lance cara a cara com Marco Asensio.

Portanto, não seria nada anormal o Aston Villa sair de campo como um dos quatro semifinalistas da Champions League, o que tornou a eliminação do clube de Birmingham bastante dolorosa e, ao mesmo tempo, fez crescer o sentimento de orgulho por parte da torcida, afinal a queda ocorreu frente os atuais tetracampeões franceses, considerados um dos melhores times da temporada ao lado do Barcelona.

De qualquer maneira, o quadrifinalista da Champions League, Aston Villa, se despediu da competição somando 8 vitórias, 1 empates e 3 derrotas, porém registrando 100% de aproveitamento atuando em seus domínios numa campanha marcada pela qualificação direta às oitavas-de-final devido a 8ª posição obtida na fase de liga. Ou seja, os comandados de Unai Emery estão, definitivamente, entre os melhores clubes da Europa na atualidade.

Aliás, é importante destacar que o principal responsável pela abrupta evolução do Aston Villa responde pelo nome de Unai Emery, que desembarcou em solo inglês para comandar os Villans numa fase pra lá de crítica, em que eles estavam separados a apenas um ponto da zona do rebaixamento na 16ª posição da Premier League, colecionando apenas duas vitórias nas 11 primeiras rodadas do campeonato sob a liderança do antecessor Steven Gerrard.

Vale ressaltar que naquela oportunidade a aposta na contratação de Unai Emery gerou uma série de incertezas pelos lados do Villa Park, acima de tudo porque o treinador espanhol não havia deixado uma boa impressão em sua passagem pelo Arsenal, ainda que ele viesse de um ótimo trabalho à frente do Villarreal, campeão da Europa League em 2021.

Contudo, Unai Emery mudou o rumo do Aston Villa desde a sua estreia ao derrotar o Manchester United por 3 a 1 no Old Trafford, que determinou o primeiro triunfo dos Villans no Teatro dos Sonhos desde 1995. Posteriormente, eles embalaram uma sequência de 15 vitórias nas 25 rodadas restantes da Premier League, o que lhes garantiu a vaga na Europa League em função da sétima colocação na tabela, a melhor do clube em treze anos.

Já na temporada seguinte, o até então, sonho distante chamado Champions League, se tornou real em Birmingham. Por sinal, um retorno digno levando em conta a eliminação nas quartas-de-final que inclusive dimensiona o tamanho da idolatria de Unai Emery junto aos torcedores do Aston Villa, cujo principal objetivo é escutar o famoso hino do maior torneio de clubes do mundo novamente.

Podemos nos sentir felizes, orgulhosos e confortáveis ​​com o trabalho que fizemos, mas queremos atingir o próximo nível. Terminamos aqui nas quartas-de-final e, espero, voltar a jogar a Champions League em breve.

Unai Emery, técnico do Aston Villa

Vale ressaltar que o Aston Villa ocupa o sétimo lugar na classificação da Premier League, mas como o G-4 se estendeu para um G-5 em razão das ótimas campanhas internacionais dos ingleses na temporada, os Villans se encontram na briga pela vaga na Champions League, a julgar que a distância em relação ao quinto colocado, Manchester City, é de apenas um ponto, e restam seis rodadas para o término do campeonato.

Pesa contra eles, o fato da dificílima agenda nessa reta final de temporada, que inclui compromissos contra Newcastle, Manchester City, Fulham e Bournemouth, isto é, todos adversários diretos na intensa corrida pela Champions League, sendo que neste interím o Aston Villa ainda terá o Crystal Palace pela frente nas semifinais da FA Cup, em Wembley.

Em todo o caso, um desafio que não assusta o clube que por muito pouco não alcançou o impossível.

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