Dinamarca carimba o passaporte rumo ao Catar

O triunfo pelo placar mínimo no jogo diante da Áustria, garantiu a classificação da Dinamarca à Copa do Mundo de 2022. Todavia, resta saber agora se os dinamarqueses repetirão no Catar o mesmo desempenho que tiveram nas Eliminatórias.

Oito jogos, oito vitórias, 27 gols marcados e nenhum sofrido. Eis a impecável campanha dos comandados de Kasper Hjulmand nas Eliminatórias da Copa de 2022, que culminou com a classificação dos dinamarqueses ao torneio pela sexta vez ao longo da história. Pois é, após ser semifinalista da Euro2020, a Dinamarca surpreendeu novamente ao tornou-se a segunda seleção a garantir uma vaga no Mundial do Catar, depois da tetracampeã Alemanha.

Assim, com o passaporte já carimbado rumo ao Catar, a expectativa dos dinamarqueses a partir de agora, passa a ser realizar uma campanha superior a da Copa do Mundo de 1998, quando a Dinamarca alcançou as quartas-de-final da competição. A propósito, é importante salientar que a seleção escandinava caiu diante da vice-campeã Croácia – nos pênaltis -, na fase de oitavas-de-final do último Mundial, disputado na Rússia.

Contudo, motivos não faltam para acreditarmos que a equipe de Kasper Hjulmand conseguirá no mínimo igualar o melhor papel da Dinamarca em uma Copa. A começar por conta da enorme qualidade técnica dos jogadores. Para se ter uma ideia, 18 dos 23 atletas convocados recentemente para defender a seleção dinamarquesa, atuam nas cinco principais ligas do futebol europeu.

Vale ressaltar ainda, que sete destes jogadores jogam na Premier League, o que demonstra o elevadíssimo nível de competividade a qual estes atletas são expostos diariamente. Tratam-se de Kasper Schmeichel, Andreas Christensen, Joachim Andersen, Jannik Vestergaard, Pierre-Emile Hojbjerg, Mathias Jensen e Christian Norgaard.

Outro detalhe totalmente relevante, é que sob a batuta de Kasper Hjulmand a Dinamarca se tornou um time mais organizado, de maior posse de bola, pressão sobre o adversário, e variação tática. E isso fica evidente ao analisarmos os cinco jogos disputados pelos dinamarqueses no período pós Euro2020, todos válidos pelas Eliminatórias. No decorrer destas partidas, eles jogaram no 4-3-3 em 30% dos minutos, no 5-4-1 em 23%, no 3-4-1-2 em 20%, e em 10% no 3-4-3.

No compromisso mais recente contra a Áustria, por exemplo, a Dinamarca foi dominante do primeiro ao último minuto de jogo, atuando na maioria do tempo no 3-4-3, isto é, com uma linha de cinco defensores quando a equipe estava sem a bola. Além disso, os 27 gols marcados e nenhum sofrido nas oito partidas realizadas pelas Eliminatórias, retratam a eficácia dos setores ofensivo e defensivo dos dinamarqueses.

Por sinal, os escandinavos estão bem servidos em todas as posições com Kasper Schmeichel no gol, Simon Kjaer e Andreas Christensen na defesa, Thomas Delaney e Pierre-Emile Hojbjerg no meio, Joakim Maehle na lateral, Mikkel Damsgaard, Yussuf Poulsen e Kasper Dolberg na frente, e isso sem citar Christian Eriksen, ausente devido a um problema cardíaco. Portanto, de olho na Dinamarca, que tem tudo para reeditar o sucesso da Dinamáquina nos anos 90.

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