Favoritismo francês desmorona com as ausências de Kanté e Pogba no Mundial

O caminho dos comandados de Didier Deschamps rumo ao título mundial tornou-se mais sinuoso com as ausências de N’Golo Kanté e Paul Pogba na Copa do Mundo de 2022.

Paul Pogba está fora da Copa do Mundo de 2022. Pois é, as esperanças dos torcedores franceses em vê-lo disputar o seu terceiro e – muito provável – último Mundial, se esgotaram após a confirmação de que o volante da Juventus não terá tempo hábil para se recuperar da cirurgia realizada no menisco do joelho até o início do torneio, lesão esta aliás, que o impossibilitou de estrear oficialmente pela equipe de Turim desde a sua saída do Manchester United.

Deste modo, Paul Pogba se juntou ao também lesionado N’Golo Kanté, o que significa que a dupla de volantes campeã mundial há quatro anos, não estará em ação no Catar. Ou seja, baixas pra lá de expressivas aos franceses e, especialmente, ao treinador Didier Deschamps, considerando a experiência, o entrosamento, além do altíssimo nível técnico de Kanté e Pogba, que somados acumulam o montante de 144 partidas com a camisa da seleção.

Com isso, a questão agora é saber quem formará a dupla de volantes no meio-campo dos Les Bleus. De acordo com os últimos jogos, a tendência é que Aurélien Tchouaméni e Adrien Rabiot ocupem as vagas de de N’Golo Kanté e Paul Pogba, ao passo que Matteo Guendouzi, Jordan Veretout, Eduardo Camavinga, Boubacar Kamara e Youssouf Fofana, correm por fora nesta disputa.  

Embora no auge de seus 22 anos de idade, Aurélien Tchouaméni já provou ter totais condições de ser o sucessor de N’Golo Kanté na seleção, assim como o fez no Real Madrid após a ida de Casemiro ao Manchester United, lembrando que Tchouaméni disputou 16 das 18 partidas realizadas pelos merengues até aqui na temporada, e acumula 14 jogos defendendo as cores da França.

Em contrapartida, Adrien Rabiot ainda não passa a confiança necessária à Didier Deschamps, sobretudo em decorrência do atrito entre ambos às vésperas da Copa do Mundo de 2018, quando o jogador enviou um e-mail ao treinador para informá-lo que não aceitaria ser reserva da seleção no torneio. Logo, são razoáveis as chances de Youssouf Fofana atuar ao lado de Aurélien Tchouaméni no Mundial do Catar, reeditando a antiga parceria no Monaco.

No entanto, muitos confiam que a enorme liderança exercida por Paul Pogba junto ao restante do elenco francês poderia colocá-lo na lista final de Didier Deschamps. Todavia, a experiência vivida pelo próprio técnico no naufrágio do Les Bleus na Copa de 2002, ainda como atleta profissional, torna nula esta hipótese, já que naquela oportunidade o então treinador Roger Lemerre, convocou Zinedine Zidane mesmo sabendo da péssima condição física do craque.

De qualquer maneira, embora não faltem opções ao treinador Didier Deschamps, a realidade é que as ausências de N’Golo Kanté e Paul Pogba causará enormes impactos ao meio de campo da França, e a queda de rendimento dos bicampeões mundiais nos compromissos mais recentes da Liga das Nações da UEFA retrata isso perfeitamente. Não à toa, o favoritismo francês caiu notavelmente na casas de apostas a 19 dias do início da Copa do Mundo.

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