Sem um centroavante à altura, Alemanha vê as chances de título diminuírem no Catar

Eliminada na fase de grupos da última Copa do Mundo, a Alemanha sabe das dificuldades que enfrentará para faturar o penta no Catar, em especial devido a ausência de um “Miroslav Klose” no ataque.

A vitória pelo placar mínimo no amistoso diante de Omã, retrata perfeitamente que a Alemanha terá de encarar uma árdua e longa maratona se quiser erguer a taça do pentacampeonato no Catar. Ainda assim, as expectativas dos torcedores alemães aumentaram em relação ao sucesso da Mannschaft na Copa do Mundo de 2022 depois da saída de Joachim Low, e a chegada de Hansi Flick ao comando técnico da seleção no ano passado.

O excelente trabalho realizado por Hansi Flick em sua rápida passagem de 18 meses à frente do Bayern de Munique, aliado ao fato do treinador de 57 anos de idade conhecer o caminho para a conquista de uma Copa do Mundo, são fatores que trouxeram a confiança de volta aos torcedores alemães, lembrando que Flick era o auxiliar técnico de Joachim Low na Copa do Mundo de 2014, quando a Alemanha sagrou-se tetracampeã no Brasil.

Pois é, e a esperada evolução da Mannschaft sob o comando de Hansi Flick se confirma através dos números, tendo em vista que a Alemanha obteve 10 vitórias, 5 empates e apenas uma derrota – diante da Hungria por 1 a 0, em 16 partidas disputadas neste período aonde a seleção marcou 46 gols e sofreu somente 12, o que resulta em uma performance de 72,9% de aproveitamento.

Vale ressaltar, que a principal ação tomada por Hansi Flick para recolocar o selecionado alemão no caminho das vitórias foi escalá-lo utilizando praticamente toda a base do Bayern, com: Manuel Neuer, no gol; o ex-zagueiro do time bávaro, Niklas Süle, na defesa; Leon Goretzka e Joshua Kimmich, no meio de campo; além de Serge Gnabry, Jamal Musiala, Leroy Sané e Thomas Muller, no ataque.

Armada no 4-2-3-1, isto é, o mesmo esquema usado por Hansi Flick nos tempos de Bayern, a Alemanha ganhou ritmo, entrosamento e variedade, considerando que 43 jogadores foram escalados por Hansi Flick na seleção, incluindo a jovem revelação Youssoufa Moukoko, do Borussia Dortmund, e o vice-artilheiro da Bundesliga, Niclas Füllkrug, do Werder Bremen, ambos convocados pelo treinador da Mannschaft para disputar o Mundial do Catar.

Em contrapartida, nem tudo saiu como o planejado, já que ninguém menos do que o artilheiro da seleção alemã na “era Hansi Flick” com oito tentos, Timo Werner, não participará da Copa do Mundo em virtude de uma contusão no tornozelo. Ou seja, uma baixa considerável para a equipe que tanto sofre com a escassez de centroavantes desde a aposentadoria do maior recordista de gols em Copas do Mundo, Miroslav Klose.

Logo, por mais que Hansi Flick tenha aprimorado a forma da Alemanha jogar sem a presença de um atacante fixo, ela ainda encontra enormes dificuldades para balançar as redes quando enfrenta adversários que atuam com linhas defensivas profundas, como foi o caso de Omã, e serão os de Japão e Costa Rica, na Copa do Mundo. Portanto, não está descartada a hipótese da Mannschaft repetir o fiasco de quatro anos atrás nos gramados cataris. A ver!

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