Goleada na estreia, renova a esperança dos ingleses no Mundial do Catar

A goleada da Inglaterra por 6 a 2 frente o Irã, trouxe aos ingleses as ótimas lembranças do 6 a 1 sobre o Panamá há quatro anos. Contudo, resta saber se eles repetirão a boa campanha de 2018, no Catar.

Funcional, prático e realista. Foi assim que o treinador do Irã, Carlos Queiroz, definiu o futebol da Inglaterra depois da goleada dos ingleses sobre os iranianos por 6 a 2, na estreia de ambos pelo Mundial de 2022. Aliás, marcar seis gols em um jogo de Copa do Mundo não é novidade aos Three Lions, a julgar pela vitória por 6 a 1 sobre o Panamá na edição anterior do torneio, no qual eles foram quarto colocados após caírem diante da Croácia por 2 a 1 nas semifinais.

Mas apesar do enorme poderio ofensivo da Inglaterra, a fragilidade defensiva do Irã surpreendeu, sobretudo porque a defesa é o ponto forte da seleção comandada por Carlos Queiroz, vide as atuações dos asiáticos no revés por 1 a 0 diante da Argentina na Copa do Mundo de 2014 e, posteriormente no Mundial de 2018, quando eles empataram em 1 a 1 com Portugal, e perderam da Espanha pelo placar mínimo no compromisso seguinte.

Assim, era esperado que os Three Lions encontrassem maiores dificuldades para balançar as redes no Khalifa International Stadium, o que definitavemente não aconteceu, haja vista os tentos de Jude Bellingham, Bukayo Saka e Raheem Sterling, ainda no primeiro tempo, além dos outros três gols de Marcus Rashford, Jack Grealish e, mais uma vez Bukayo Saka, na etapa final.

E embora Harry Kane tenha passado em branco na partida de estreia da Inglaterra na Copa do Mundo de 2022, o camisa 9 foi um dos destaques do jogo em função do ótimo trabalho realizado sem a bola, atuando como um típico armador. Não à toa, Kane concedeu dois passes para gols ao longo dos 76 minutos em que esteve em campo – algo que ele faz comumente no Tottenham.

Em contrapartida, será difícil Gareth Southgate repetir esta mesma formação utilizada no jogo contra o Irã a partir da fase mata-mata da Copa do Mundo, dada a ofensividade da Inglaterra, que atuou no 4-3-3, somente com Declan Rice como volante, enquanto Jude Bellingham e Mason Mount jogaram como meias, lançando-se praticamente o tempo todo ao ataque. E isso sem contar com os constantes apoios dos laterais Kieran Trippier e Luke Shaw.

Ademais, é importante salientar que o trio de ataque da seleção inglesa era composto por Bukayo Saka, pela direita, Raheem Sterling, pela esquerda, e Harry Kane, centralizado, lembrando Gareth Southgate colocou Phil Foden, Jack Grealish, Marcus Rashford e Callum Wilson, no segundo tempo, a fim de manter a intensidade e a rápida movimentação do time. Logo, fica evidente porque os Three Lions conseguiram abrir a defesa iraniana com tanta facilidade.

De qualquer forma, a Inglaterra encerrou a pífia série de seis jogos seguidos sem vitórias e, de quebra, faturou o seu terceiro triunfo consecutivo em estreias por Copas do Mundo, ou seja, um feito jamais antes visto, e que só foi alcançado devido aos seis anos de Gareth Southgate à frente da seleção, aonde emergiu um ciclo que embora não coloque os ingleses como favoritos, os mantêm como fortes candidatos ao título do bi mundial no Catar.

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