Embora eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo de 2022, o Equador retorna fortalecido do Catar, o que aumenta as expectativas dos equatorianos em relação ao Mundial de 2026.
A batalha do Equador para jogar a quarta Copa do Mundo de sua história, teve início através da longa e árdua caminhada trilhada pela La Tri nas Eliminatórias. Na ocasião, os equatorianos encerraram o torneio qualificatório na quarta colocação da tabela somando 26 pontos em 18 jogos (7V-5E-6D), o que lhes garantiu a conquista da última vaga direta ao Mundial do Catar, sem a necessidade de disputar a repescagem.
Apesar de não contar com nenhuma grande estrela, o Equador desembarcou no Catar tendo totais condições de avançar às oitavas-de-final em virtude do bom jogo coletivo da seleção comandada por Gustavo Alfaro, e do talento de alguns jovens jogadores do elenco, como é o caso do trio que defende as cores do Brighton, Pervis Estupiñán, Moisés Caicedo e Jeremy Sarmiento, além do zagueiro Piero Hincapié, e do ponta-direita Gonzalo Plata.
A propósito, é importante salientar que em 2019, ou seja, há apenas três anos, essa promissora geração do futebol equatoriano conquistou o título do Campeonato Sul-Americano sub-20 e, posteriormente, ficou na terceira posição do Mundial da categoria. Logo, fica evidente porque ela é considerada a melhor seleção de base de todos os tempos da La Tri.
Pois é, e o triunfo por 2 a 0 do Equador sobre o Catar – que poderia ter sido uma goleada -, na estreia de ambos na Copa do Mundo, animou demasiadamente os torcedores equatorianos por mais que do outro lado estivesse a seleção mais fraca do torneio, lembrando que os dois tentos da La Tri foram marcados na etapa inicial da partida pelo atacante do Fenerbahce, Enner Valencia.
Enner Valencia marcou três dos quatro gols do Equador na Copa de 2022. Não à toa, ele foi o artilheiro da seleção sul-americana no Catar.
Mas foi na rodada seguinte, diante da Holanda, que o Equador realizou o seu melhor jogo na Copa. Para se ter uma ideia, os equatorianos finalizaram o montante de 15 vezes ao longo da partida, mediante dois arremates dos holandeses, o que demonstra porque a expectativa de gols dos sul-americanos foi de 1.68 contra 0.10 dos europeus. Ainda assim, a série de chances perdidas pela La Tri, determinou o empate em 1 a 1 no Khalifa International Stadium.
Com isso, o Equador adentrou a última rodada necessitando de um simples empate para se classificar. E talvez por esta razão os equatorianos foram eliminados, pois foi nítido que eles jogaram para não perder de Senegal. Somente após os campeões africanos abrirem o placar, a La Tri despertou para o jogo, porém cinco minutos depois dela empatar a partida, os senegaleses passaram novamente adiante do marcador, e seguraram o resultado até o apito final.
Desta maneira, a seleção do Equador despediu-se do Catar deixando a impressão de que poderia ter ido mais longe na competição, algo que não aconteceu sobretudo em virtude da falta de experiência por parte de sua promissora geração. Em contrapartida, é inegável que a duríssima e precoce queda na primeira fase do Mundial de 2022, servirá como aprendizado aos equatorianos que, certamente, voltarão fortalecidos daqui a quatro anos.